sábado, 25 de julho de 2020

CHINA x EUA, a nova 'guerra fria" escala

Brasil

Três dias depois de avisar que adotaria represálias, Pequim respondeu ao fechamento de seu consulado em Houston por parte do Governo de Donald Trump: os Estados Unidos terão que suspender as atividades do consulado na cidade de Chengdu, na região central da China. A ação é “uma resposta legítima e necessária à medida injustificada dos Estados Unidos”, segundo nota da chancelaria chinesa. A reportagem dos correspondentes Macarena Vidal Liy e Pablo Ximénez de Sandoval explica que o comunicado Chinês lança um apelo à calma, num momento em que as tensões bilaterais se encontram no seu ponto máximo em quatro décadas. Nesta sexta-feira, uma cientista chinesa que permanecia refugiada no consulado de seu país em San Francisco foi detida na sede diplomática. Segundo as autoridades dos Estados Unidos, a bióloga Juan Tang ocultou sua ligação com o Exército chinês para obter visto de entrada no país.
A pandemia de coronavírus segue em ascensão no Brasil e com um retrato bastante diverso em todo o país. Há um sistema de várias epidemias, com surtos, ondas e variações muito diferentes entre regiões, Estados e municípios. Para demonstrar como a doença avança, o EL PAÍS analisou a média móvel de novos óbitos notificados diariamente pelos Estados, um recurso considerado mais adequado pelos especialistas para traçar um panorama mais preciso sobre a intensidade dos casos. A reportagem de Beatriz Jucá mostra que com mais de 1.000 mortos por dia, o país enfrenta a pandemia com uma frágil coordenação nacional e ainda está longe de controlar a doença.
Para ler com calma, trazemos neste sábado um texto do sociólogo e filósofo francês Bruno Latour para a série especial O futuro depois do coronavírus. "Estamos vendo que a ordem mundial, que nos diziam ser impossível de mudar, tem uma plasticidade espantosa", escreve ele.

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