quinta-feira, 2 de julho de 2020

Com greve de entregadores, apps quase param


Os apps de entregas e transporte não chegaram a parar — mas houve atrasos e dificuldades em todo o país por conta da paralisação feita pelos homens e mulheres que trabalham para o sistema. Houve manifestações importantes em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife. Os restaurantes sentiram o impacto, recebendo poucos ou nenhum pedido. Os entregadores, que recebem entre R$ 4,50 e R$ 7,50 por corrida, pedem um adicional por quilômetro rodado e reajustes anuais. Questionam o que consideram bloqueios indevidos pelos aplicativos e equipamento de segurança durante a pandemia — não receberam. Pedem, também, seguros contra acidentes e garantias para aqueles que contraírem Covid-19. (UOL)
Segundo levantamento do site Appbot, os cinco principais aplicativos receberam mais de 53 mil avaliações durante o dia de ontem, 96% delas com uma estrela. (Extra)

O iFood se manifestou. Num vídeo distribuído pela rede, afirma que pagou aos entregadores, no mês de maio, uma média de R$ 21,80 por hora trabalhada. Afirma que há seguro contra acidentes pessoais e que criou um fundo para os que apresentam sintomas da Covid. Assista.
Fotos: greve dos entregadores em todo o Brasil.



As eleições municipais, marcadas para outubro, foram adiadas. O primeiro turno será em 15 de novembro e, o segundo, no dia 29. 402 deputados votaram da a favor emenda constitucional e 90, contra. O objetivo é evitar por um pouco mais de tempo as aglomerações em função do novo coronavírus. (Poder360)

Vera Rosa: “O adiamento das eleições indica que Rodrigo Maia retomou o controle do Centrão. O bloco de partidos que se dispôs a apoiar o presidente Jair Bolsonaro em troca de cargos queria manter as disputas em 4 de outubro por pressão de prefeitos. Na prática, muitos deles achavam que esticar o prazo da corrida eleitoral beneficiaria os adversários. O argumento era o de que quem está no poder sofre o desgaste natural do cargo e, até novembro, ninguém teria mais dinheiro em caixa para gastar. Diante dessa queixa, a maioria das siglas do Centrão, sob a batuta do líder do Progressistas, Arthur Lira, havia cerrado fileiras contra mudar a data das eleições. No fim de semana, porém, Maia encontrou uma saída ao conseguir negociar com o governo mais R$ 5 bilhões para que os municípios enfrentassem o impacto da pandemia. Na prática, o presidente da Câmara aproveitou o descontentamento de alguns partidos do Centrão com Lira e deu um tapa com luva de pelica em Bolsonaro. Pouco antes da pandemia, o chefe do Executivo bem que tentou isolar Maia e negociar diretamente com o Centrão, com a ajuda de Lira, distribuindo cargos a legendas do bloco. Como nem todos os cargos prometidos saíram, partidos do Centrão, como o Republicanos de Marcos Pereira, decidiram se aliar a Maia.” (Estadão)



Começa hoje o recesso do Supremo — vai até 31 de julho. O ministro José Antonio Dias Toffoli, seu presidente, e o vice Luiz Fux, devem se alternar no plantão. O Poder Judiciário tem 90 dias de folga, em dias úteis, neste ano de 2020. (Poder 360)



A avaliação do presidente Jair Bolsonaro se estabilizou em 32% de ótimo e bom no levantamento realizado entre 27 e 30 de junho pelo Atlas Político. O ex-ministro Sergio Moro, por sua vez, que após sair do governo chegou a tocar em 57% de avaliação positiva, caiu para 37%. (El País)



Ascânio Seleme: “A índole antidemocrática do presidente Jair Bolsonaro, um extremista de direita e falso liberal, enseja uma discussão entre as forças políticas sobre quem são de fato os inimigos a serem combatidos. A esta altura deve estar evidente para a esquerda e para centro esquerda que os inimigos não são os seus reflexos com sinal trocado do outro lado do espectro político. Estes são seus adversários. Da mesma forma, direita e centro direita devem enxergar assim quando olham para o campo antagônico. Os inimigos de verdade residem nos extremos. São os que atropelam leis, desrespeitam outros poderes, ameaçam a democracia, ou os que pregam a ruptura democrática.” (Globo)

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