quinta-feira, 2 de julho de 2020

O Brasil teve 1.057 mortes registradas por conta do novo coronavírus em 24 horas

O Brasil teve 1.057 mortes registradas por conta do novo coronavírus em 24 horas. Com isso, são 60.713 óbitos pela Covid-19 no país no total, mostra levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Mais de meio milhão morreu da doença até hoje.
Em São Paulo, o percentual de pessoas que se infectaram com o coronavírus chega a ser 2,5 vezes maior em bairros pobres da cidade em comparação aos mais ricos. De acordo com a pesquisa realizada pelo Grupo Fleury, Instituto Semeia, IBOPE Inteligência e Todos pela Saúde.

Já a Prefeitura do Rio confirmou que bares, restaurantes e lanchonetes, assim como quiosques, padarias, lojas de conveniência e outros estabelecimentos do gênero estão autorizados a voltar a funcionar amanhã com consumo local.
O Ministério da Saúde diz acreditar que o Brasil tenha atingido um “platô” no número de mortes. Em entrevista coletiva , o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, disse estar preocupado com o aumento no número de casos da doença registrado em todas as regiões do país nas últimas duas semanas epidemiológicas.



O nervosismo dos norte-americanos com a disseminação do coronavírus está no nível mais alto em mais de um mês, mostrou uma pesquisa Reuters/Ipsos, um dia depois de os Estados Unidos registrarem o maior aumento diário de casos novos desde o início da pandemia. (Reuters)

Nesse sentido, estados e localidades interrompem a reabertura. A Califórnia fechou restaurantes para mais de 70% da população do estado. A cidade de Nova York decidiu não deixar seus restaurantes retomarem os serviços na próxima semana, conforme planejado originalmente.  (NYT)

Por lá, um número crescente de líderes republicanos está pressionando os americanos a usar máscaras, enquanto o presidente Trump acredita que o vírus "simplesmente desaparece". (Wapo)

De dentro da Casa Branca, saem duas versões diferentes para a atual realidade da pandemia. De um lado, o prognóstico traçado por Anthony Fauci, seu mais respeitado epidemiologista, de que o país está na direção errada e, se não mudar o curso, chegará a 100 mil infectados por dia. De outro, Kayleigh McEnany, a porta-voz do presidente Trump, minimiza a onda. (NPR)

Anthony Fauci: “Basta olhar os números. As pessoas estão adotando a abordagem do tudo ou nada quando se trata de distanciamento social e uso de máscaras”.
E para garantir que praticamente toda a produção do medicamento remdesivir permaneça no país nos próximos três meses, o Departamento de Saúde e Serviços Sociais anunciou um acordo com o laboratório californiano Gilead Sciences. (El País)

Já o Ministério da Economia do Reino Unido foi acusado de adotar uma abordagem irresponsável sobre a epidemia de coronavírus depois de post em sua conta oficial no Twitter. Ele saudou a reabertura programada para sábado dos pubs da Inglaterra. “Pegue uma bebida e levante um copo, os bares reabrem suas portas a partir de 4 de julho”. O post foi excluído. (Guardian)

Em Melbourne, a segunda maior cidade da Austrália, um aumento nos casos de transmissão comunitária forçou a volta do confinamento em 10 subúrbios. (ABC)
Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS: “Alguns países adotaram uma abordagem fragmentada. Esses países têm um caminho longo e difícil pela frente”.



Uma nova vacina, desenvolvida pela empresa de biotecnologia BioNTech em parceria com a farmacêutica Pfizer, mostrou resultados positivos ao estimular a produção de anticorpos nos primeiros testes com voluntários humanos, informaram as empresas. As pessoas que receberam duas doses da vacina desenvolveram níveis mais altos de anticorpos quando comparado a pacientes que tiveram contato com o vírus. No entanto, ainda não é possível afirmar se a quantidade é capaz de gerar imunidade à doença.

Apesar da verificação de uma resposta imune, efeitos colaterais como febre, dor de cabeça e fadiga foram relatados em ao menos 50% dos pacientes que receberam uma segunda dose. Os sintomas se manifestaram, geralmente, de forma leve e transitória. Mesmo assim, as empresas já garantem produção em larga escala para 2021.

Há, ainda, a vacina da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, chegando à fase 3 de pesquisas e em testes no Brasil. Segundo uma das cientistas, a equipe tem obtido o tipo certo de resposta imune em testes. Sarah Gilbert, professora de vacinologia da universidade, afirmou que 8 mil voluntários foram recrutados para a fase 3 do teste da vacina AZD1222, mas não afirmou quando ela estará pronta.

E foram definidos os 12 centros de pesquisa que farão os testes da vacina desenvolvida pela farmacêutica Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan. Segundo o governador de São Paulo, João Dória, os testes serão realizados em 9 mil voluntários.

Por falar em ciência, um estudo sugere que pessoas com testes negativos para anticorpos contra o coronavírus ainda podem ter alguma imunidade. Pesquisadores do Instituto Karolinksa, na Suécia, testaram 200 pessoas para anticorpos e células T. Para cada uma que testou positivo para anticorpos, duas foram encontradas com células T específicas que identificam e destroem células infectadas. Isso foi observado mesmo em pessoas que tiveram casos leves ou sem sintomas de Covid-19. Mas ainda não está claro se isso apenas protege esse indivíduo ou se também pode impedir a transmissão. O professor Danny Altmann, do Imperial College de Londres, descreveu o estudo como "robusto, impressionante e completo".

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