O governador Gavin Newsom, da Califórnia, ordenou ontem que todos os municípios interrompam quaisquer atividades públicas realizadas internamente — a lista inclui refeições em restaurantes, bares, visitas a vinículas, salas de degustação, cinemas, centros de entretenimento, zoológicos e museus. “Cabe a todos nós reconhecer sobriamente que o Covid-19 não vai desaparecer tão cedo.” O prefeito de Houston propôs uma paralisação de duas semanas em toda a cidade para o governador do Texas, Greg Abbott, já que infecções e hospitalizações por coronavírus continuam aumentando. A governadora de Oregon, Kate Brown, proibiu encontros em locais fechados com mais de dez pessoas e exigirá máscaras ao ar livre.
Enquanto o presidente Donald Trump está numa cruzada por reabrir o país, preocupado com sua reeleição, o movimento nos estados virou rapidamente no sentido contrário. Os números, principalmente nos locais onde a pandemia não havia gerado muitos casos, voltou a acelerar. No país, há 3,4 milhões de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, segundo dados da UJH. São mais de 135 mil mortos. (CNN)
Enquanto isso, na Alemanha, apenas 1 óbito foi registrado de domingo para segunda-feira. O total de mortes no país é de 9.064. (Estadão)
Sobre a imunidade de rebanho, existe uma discussão. Ela é atingida com 60%, 40%, ou 15% de infecção da população? Alguns acham que já foi alcançada, mas um pequeno número de estudos começa a sugerir que a doença pode ser pega mais de uma vez. O conceito vem da política de vacinação, mas os efeitos do coronavírus não são lineares e o vírus afeta indivíduos e populações de maneiras muito diferentes.
E um estudo publicado ontem por uma equipe de pesquisadores do King’s College London sugere que a imunidade — capaz de proteger o organismo contra novas infecções — não pode ser tida como garantida após a superação da doença pela primeira vez. Este é o caso de outros vírus, como a gripe. Embora seja possível que a imunidade por células de memória permaneça, os anticorpos contra a Covid desaparecem em poucos meses.
Sobre as vacinas, a Rússia anunciou no último domingo que concluiu a primeira fase de testes. O país está mais perto de se tornar o primeiro a iniciar a distribuição de uma vacina contra o coronavírus para a população.
O Brasil tem 72.921 mortes por coronavírus e 1.887.959 infectados. Uma média de 1.052 mortes por dia na última semana, uma variação de 7% em relação aos óbitos registrados em 14 dias com nove estados - PR, RS, SC, MG, DF, GO, MS, RO, TO, CE, mais DF - com alta de mortes. Em relação a domingo, Ceará e Rondônia entraram na lista de crescimento de mortes -- na ocasião, eram 9 estados mais o Distrito Federal. O país registrou ontem 770 mortes. (g1)
Um estudo da Fiocruz estimou o número de mortes naturais que ocorreram “em excesso” em capitais que sofreram de forma intensa a crise do novo coronavírus. Elas saltaram 42% em relação ao que era esperado para 2020. (Mônica Bergamo)
E oito médicos responderam se eles se sentem pessoalmente seguros para voltar a frequentar restaurantes, academias, comércios e cinema. Mesmo com protocolos para evitar contaminação, a maioria acredita que, enquanto números de novas mortes e casos não caírem abruptamente, é temeroso pensar em jantar fora ou ir a uma festa. (Uol)
A pandemia da Covid-19 pode ficar cada vez pior se os países não aderirem às precauções básicas de saúde, alertou a Organização Mundial da Saúde nesta segunda-feira. As infecções superaram a marca de 13 milhões em todo o mundo, acrescentando mais de um milhão de casos em apenas cinco dias. A pandemia já matou mais de meio milhão de pessoas. O diretor-geral da organização disse que entre os 230 mil novos casos notificados no domingo, 80% eram de 10 países e 50% de apenas dois países, Estados Unidos e Brasil, que são os mais afetados. Ele usou palavras duras.
Tedros Adhanom Ghebreyesus: “Deixe-me ser franco, muitos países estão indo na direção errada, o vírus continua sendo o inimigo público número um. Se o básico não for seguido, o único caminho dessa pandemia será ficar cada vez pior e pior e pior”. (Reuters)
E um novo estudo aponta que o tabagismo está dobrando o número de jovens adultos com alto risco de contrair Covid-19. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, examinaram 8.405 pessoas, com idades entre 18 e 25 anos, e descobriram que 32% deles tinham pelo menos um dos fatores de risco. Metade estava no grupo vulnerável porque fumou nos últimos 30 dias, de acordo com o estudo publicado ontem. Quando esse fator de risco foi removido, a porcentagem de jovens vulneráveis caiu para 16%. |
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