A fuga do Brasil de Bolsonaro para Portugal

Um estudo divulgado pelas autoridades de Portugal revelam um fenômeno: 2019 assistiu a uma massiva migração de brasileiros para Portugal. Em 2018 havia 105.423 brasileiros vivendo legalmente no país europeu e um ano depois o número saltou para 151.304, cerca de 50% a mais. Só houve movimento semelhante em 2008, no auge da crise. É um fenômeno multifacetado e chama atenção a coincidência entre a fuga e ascensão de Bolsonaro a poder. “Os brasileiros não se vão por razões políticas. Certamente, aqueles que são contra o presidente dizem que foi por culpa dele; e aqueles que o apoiam, que sua gestão não tem nada a ver com terem saído”, diz o advogado Pedro Valido, dono de uma empresa especializada em direito comercial que assessora clientes interessados em vistos especiais. A pandemia é a grande fonte de incerteza agora para os emigrados. Também nesta edição, uma conversa com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas. À repórter Marina Rossi o tucano contou que, no primeiro final de semana da reabertura de bares e restaurantes da cidade depois de mais de 100 dias fechados, ele tirou o sábado para pagar uma promessa: levar o filho Tomás, 14, para almoçar. “Fui a um restaurante no sábado e a outro no domingo”, afirmou, em entrevista virtual. À frente da cidade epicentro da doença, prefeito e pré-candidato à reeleição, Covas conta como equilibra as ações contra a pandemia e a recuperação de um câncer e da própria covid-19. “Eu não levo problema para casa, não fico em casa ruminando.” E no dia em que o Brasil ultrapassa os 75.000 mortos pelo novo coronavírus e chega a quase 2 milhões de infecções pela doença, os Estados Unidos confirmam o resultado animador de mais uma etapa de testes de uma vacina. O epidemiologista da Casa Branca Anthony Fauci qualifica como "ótimas notícias" os resultados provisórios que mostram eficácia contra o vírus em todos os pacientes com pouquíssimos efeitos secundários.