O presidente Jair Bolsonaro está com suspeita de Covid-19. Durante a segunda-feira, sentiu desconforto e sua temperatura chegou a 38°C. “Estou evitando”, disse ontem à noite à claque que se posta na entrada do Alvorada, para explicar por que não se aproximava. O presidente vinha do Hospital das Forças Armadas e usava máscara. “Fiz uma chapa do pulmão, está limpo, tá certo? Vou fazer o exame do Covid agora, mas está tudo bem.” O resultado deve sair hoje. Todos os compromissos na agenda, para esta manhã, foram cancelados. (G1)
Bolsonaro está com 96% de taxa de oxigenação, que é considerada normal. Segundo pessoas próximas, ele tosse. Durante o fim de semana, o presidente esteve em Santa Catarina sobrevoando as áreas atingidas pelo ciclone e, de volta a Brasília, almoçou na residência do embaixador americano para celebrar a independência dos EUA. Sem máscara, aparece abraçado a várias pessoas em fotografias. Na manhã de segunda, esteve com alguns ministros, incluindo o da Economia, Paulo Guedes, e os generais palacianos Braga Netto, Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos. (Folha)
De acordo com apuração da Rádio Bandeirantes, não confirmada por outros veículos, Bolsonaro já fez um primeiro teste que deu positivo. Este de hoje seria a contraprova. (Band)
Valdo Cruz: “O presidente Jair Bolsonaro não pode ficar ‘refém’ de sua ala ideológica porque ela causa muito ‘desgaste’ e não garante a aprovação das medidas essenciais para o sucesso do governo dentro do Congresso. A avaliação é de líderes aliados no Legislativo depois que o presidente decidiu recuar no convite ao secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para assumir o Ministério da Educação. Desde que foi divulgada a informação de que o presidente havia feito o convite, integrantes da ala ideológica passaram a fazer uma campanha contra o nome. Os ataques tiveram efeito, e o presidente decidiu recuar, levando Feder a divulgar no domingo mensagem em redes sociais dizendo que recusou o convite. E, para constrangimento do presidente, revelando publicamente que o convite foi, sim, feito na quinta-feira. Por isso, aliados avaliam que Bolsonaro precisa não só deixar de nomear representantes da ala ideológica, como também evitar que ela tenha o poder de veto sobre indicações. A ala é cada vez mais minoritária no grupo de apoiadores e, além disso, não tem votos dentro do Congresso. A experiência do primeiro ano de governo mostrou que, sem bom relacionamento com o Legislativo, o Planalto não consegue aprovar boa parte de suas propostas.” (G1)
Gerson Camarotti: “A fritura explícita do secretário Renato Feder, acendeu o alerta entre aliados. ‘Chega a ser cruel expor um homem público duas vezes para ficar vulnerável aos ataques de todos os lados, simplesmente, para testar a capacidade de resistência do nome. Esse tipo de fritura cria uma desconfiança entre aliados’, disse um líder que integra a nova base de apoio ao governo.” (G1)
Marcelo Godoy: “O combate contra o marxismo cultural é a alma do bolsonarismo. Nele existem apenas pessoas mais ou menos comprometidas com um projeto de poder do qual participam sites e influencers que têm na mentira, disfarçadas de notícia, o combustível do conflito. A possibilidade de que a verdade factual sobreviva diante do assédio do poder é escassa. A mentira indica a capacidade humana de pensar as coisas de forma diferente daquela que elas são. Requer, portanto, a imaginação, sem a qual toda ação é impossível. A mesma capacidade de transformar a realidade age para negá-la pela mentira. E esta será mais eficiente na medida em que o seu autor dela se convencer. Mas, quanto mais bem-sucedido for o mentiroso, maior a probabilidade de ele ser vítima de suas próprias histórias. Eis por que a ideia de uma conspiração do suposto marxismo cultural fomentado por George Soros, ONGs globalistas e professores maconheiros e pervertidos paralisa este governo e suas ações.” (Estadão)
Em entrevista à CNN Brasil, o ministro Paulo Guedes afirmou que o governo pretende fazer quatro grandes privatizações nos próximos 90 dias. Ele se diz otimista a respeito da economia. “As notas fiscais eletrônicas cresceram dois dígitos em maio sobre abril”, afirmou. “Há um esporte nacional de autossabotagem, mas já estamos saindo do buraco.” Assista. (CNN Brasil)
O Ministério Público Federal entrou com ação de improbidade administrativa contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Ele é acusado de propositalmente desmontar as estruturas de proteção ambiental do país. Os procuradores pedem na Justiça que Salles seja afastado do cargo com urgência e condenado a suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa. (Poder 360) |
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