quinta-feira, 18 de março de 2021

Banco Central dá cavalo de pau na economia

 O Banco Central aumentou a taxa de juros básica do Brasil para 2,75% — é a primeira alta em quase seis anos. Desde 2015. Durante os últimos sete meses, a Selic vinha estável, num patamar histórico de 2%. Este aumento de 0,75 ponto foi maior do que o meio ponto esperado pelos analistas mas, ainda assim, o Conselho de Política Monetária do BC foi unânime. Mais: o Copom espera aumentar noutro 0,75 ponto em seu próximo encontro, caso a economia continue no curso que está seguindo. Só muda de ideia se ocorrer uma “mudança significativa nas projeções de inflação ou no balanço de riscos”. Seguindo esse prognóstico, portanto, daqui a 42 dias a Selic pode ir a 3,5% ao ano. É exatamente o que esperam os analistas de mercado, ouvidos pela Pesquisa Focus, que já projetam uma taxa de 4,5% até o fim de 2021. O problema é a inflação, que está subindo num ritmo que preocupa — ela é “mais forte e persistente” do que o esperado, segundo a ata, mas ainda “temporária”. O objetivo, ao fim, é que com essa alta da Selic dólares voltem a entrar no país e os preços, assim, possam ser pressionados para baixo. (Valor Investe)

Pois é… Economistas já veem risco da inflação ficar acima do teto da meta deste ano de 3,75%, com tolerância de 1,5% para cima e para baixo. Com a valorização do petróleo e a persistência do câmbio depreciado, algumas estimativas já ficam em torno de 5% a 6%. (Estadão)

O próprio governo aumentou sua projeção da inflação. Era de 3,23%, foi para 4,4%, já acima do centro da meta. (G1)

A alta da Selic coloca o Brasil como um dos primeiros países do G20 a aumentar sua taxa de juros. E vai na contramão de grandes economias — o Fed, banco central americano, decidiu manter suas taxas próximas a zero até 2023. Esta semana pelo menos 11 bancos centrais vão se reunir para decidir sobre sua política monetária. (Globo)




Câmara e Senado derrubaram ontem o veto de Jair Bolsonaro ao perdão de até R$ 1,4 bilhão em dívidas de igrejas. Mas não foi um gesto de rebelião contra o presidente, pelo contrário. Bolsonaro vetou a medida a pedido do Ministério da Economia, mas imediatamente começou a trabalhar para que o Congresso derrubasse, agradando a bancada evangélica, sua fiel apoiadora (Globo)




Para 56% dos brasileiros, Jair Bolsonaro não tem condições de liderar o país, segundo dados do Datafolha. O número é seis pontos percentuais maior que no último levantamento, ultrapassando a margem de erro. Entretanto, a mesma pesquisa mostra que somente 46% são favoráveis ao impeachment do presidente, contra 50% que defendem sua permanência. (Folha)




Ainda há muito chão até a eleição presidencial de 2022, mas, se ela acontecesse hoje, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estaria com problemas. Segundo pesquisa do DataPoder, ele iria para o segundo turno com 30% dos votos, atrás o ex-presidente Lula (PT), com 34%, e perderia por 41% a 36% na segunda rodada de votação. Bolsonaro também perderia para Ciro Gomes (PDT), por 39% a 34%, mas o pedetista tem somente 5% de intenções de votos no primeiro turno. Luciano Huck, que ainda não se lançou candidato e aparece com 4% no primeiro turno, venceria o presidente por 40% a 37%, mas essa diferença está dentro da margem de erro de 1,8 ponto percentual. O atual presidente venceria uma disputa contra o tucano João Doria e seu ex-ministro, Sérgio Moro. (Poder360)




O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) decidiu ontem que o Exército pode celebrar no dia 31 de março os 57 anos do golpe militar de 1964. (Poder360)





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