O Brasil começa um fim de semana tenso com a perspectiva de mais pressão sobre os sistemas de saúde e a falta de remédios para UTI. Mesmo assim, o presidente Jair Bolsonaro segue sua cartilha de pregar contra as medidas para conter a pandemia. O presidente agora sabota até mesmo auxiliares do Planalto que se articulam com governadores e prefeitos para costurar um pacto contra a covid-19. O Planalto aposta em uma ação apresentada por Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal que questiona os lockdowns decretados por governadores para se eximir da culpa tanto do colapso da saúde como das consequência econômicas do confinamento, explica Afonso Benites. No Senado, cresce a pressão por uma CPI da Covid-19. Em São Paulo, Felipe Betim traça uma radiografia da população que nunca parou de trabalhar ao longo da crise sanitária. A ampla lista de atividades consideradas essenciais pelo Governo João Doria, quer por questões estruturais ou econômicas, impede que milhares de pessoas fiquem em casa. O repórter conta que, mesmo quando conseguem seguir protocolos rígidos de proteção sanitária em suas atividades, muitos trabalhadores ficam expostos em aglomerações como nos transportes públicos, um gargalo que o poder público não conseguiu resolver após um ano de crise. Nas relações internacionais, o primeiro encontro entre a China e os Estados Unidos após a vitória de Joe Biden foi marcado por uma troca de farpas entre os dois países. As correspondentes em Pequim e Nova York, Maracarena Vidal Liy e María Antonia Sánchez-Vallejo, contam que o que deveria ter sido alguns minutos de ninharias protocolares virou uma hora de intensas recriminações. Em outra frente, garotas de programa no Brasil têm se tornado influencers e tentam tirar os muitos estigmas da prostituição. “Aplicativos como o Tinder trouxeram a popularização do sexo casual e, para mim, eles têm a mesma dinâmica do trabalho sexual, só que de uma forma menos protegida e não remunerada”, provoca uma delas. As putativistas defendem a legalização da profissão, um debate candente pelo mundo. E em tempos de pandemia, cresce a angústia com a nossa existência, e a busca por um propósito de vida que nos faça voltar a sonhar. É o que os japoneses chamam de ikigai, ou propósito vital, como conta Francesc Mirales. | |||||||||||
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