quarta-feira, 17 de março de 2021

Novo ministro, mesmo Bolsonaro, novo recorde de mortes

 


Novo ministro, mesmo Jair Bolsonaro, novo recorde de mortes na pandemia. As primeiras declarações do futuro ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, demonstram que não haverá giro de 180 graus na coordenação dos trabalhos contra a covid-19 enquanto o presidente for o mesmo. Queiroga, ainda não formalizado no cargo, disse que vai apenas executar a política definida por Bolsonaro. Ele pregou união nacional, mas evitou apoiar publicamente as restrições de circulação determinadas pelos governadores no dia em que o país atingiu 2.841 mortes diárias pelo coronavírus, num quadro definido pela Fiocruz como "o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil". De Brasília, Afonso Benites explica que uma das poucas diferenças na conduta do novo ministro já evidentes é a defesa incisiva do uso de máscaras e de higienização das mãos, medidas que Eduardo Pazuello só passou a defender na reta final de sua gestão, e Bolsonaro, até o momento, jamais a fez. Por enquanto, a única mudança de fato do Planalto é a defesa que o presidente agora faz da vacinação.

O Governo brasileiro teve ao menos uma sinalização positiva nesta terça. Emer Cooke, diretora da Agência Europeia de Medicamentos, se disse “firmemente convencida” de que os benefícios da vacina da AstraZeneca superam seus potenciais efeitos colaterais. O imunizante é o pilar principal até agora do plano nacional de vacinação do Brasil, e foi temporariamente suspenso em países da Europa como França, Alemanha, Itália e Espanha, sob a suspeita de que a vacina tenha relação com casos de trombose registrados no continente. Os casos são investigados pela agência europeia. Mas, afinal, a vacina da AstraZeneca é segura? O EL PAÍS repassa algumas das principais questões em torno da medida de suspensão do imunizante e o que se sabe até agora sobre esse produto.

Nos Estados Unidos, a reabertura das escolas após a pandemia de covid-19 se destaca pela lentidão em comparação com a maioria dos países europeus. Antonia Laborde explica que o retorno às aulas, com claras conotações políticas, tem ampliado o fosso social e a ansiedade das crianças. Da costa leste à oeste, a população tem se manifestado exigindo a reabertura de escolas, uma das prioridades dos 100 primeiros dias de mandato de Joe Biden e que parece longe de ser uma meta alcançável no país mais golpeado pela pandemia até agora.

Ainda nesta edição, conselhos para melhorar sua qualidade de vida durante o home office. Salomé García escreve sobre a importância de deixar de lado o complexo de culpa e a cultura de que o trabalhador precisa estar sempre em sua mesa e começar a realizar pequenas tarefas domésticas ou as walking meetings durante a jornada. Melhoras no colesterol, redução de danos cardiovasculares e menos dores nas costas são alguns benefícios prometidos.

 

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