quinta-feira, 4 de março de 2021

A aprovação do governo de Bolsonaro baixou dos 30%, segundo pesquisa do IPEC

 A economia brasileira teve em 2020 o pior desempenho em trinta anos. O Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 4,1% na comparação com 2019, segundo o IBGE. Foi o pior resultado desde a queda de 4,37% em 1990, quando Fernando Collor confiscou ativos. O quarto trimestre teve um resultado acima do que esperava o mercado, crescimento de 3,2%, mas analistas avaliam que é só “um respiro” diante do agravamento da crise da Covid-19. Os grupos de serviços e consumo das famílias tiveram quedas recordes de 4,5% e 5,5%, respectivamente. Com o resultado, o país caiu de 9ª para 12ª economia do mundo. Além disso, a década de 2001 a 2020 teve o pior crescimento médio do PIB, 0,3%, na História, abaixo até da “década perdida”, 1981-1990, que teve crescimento médio de 1,6%. (Globo)

Para o presidente Jair Bolsonaro, o resultado não foi ruim. Segundo ele, “se esperava que a gente ia cair 10%, parece que caímos 4%.” Bolsonaro afirmou que o Brasil foi “um dos países que menos caiu no mundo todo” e que o auxílio emergencial “fez a economia se movimentar”. (Poder360)

Míriam Leitão: “O governo Bolsonaro escapou de ficar com a maior queda do PIB da História. Continuará sendo de Collor esta marca, porque a queda em 1990 foi de 4,37%. Porém até mesmo no governo se admite que esse olhar pelo retrovisor não conforta porque o ano de 2021 começou muito pior do que se esperava. E muito imprevisível pelo agravamento da pandemia. Na equipe econômica, o cálculo é que o primeiro trimestre será de encolhimento do PIB, mas há economistas como Silvia Matos do IBRE-FGV que temem que não seja só o primeiro trimestre, mas sim os dois primeiros.” (Globo)




A aprovação do governo de Bolsonaro baixou dos 30%, segundo pesquisa do IPEC, formado por ex-executivos do Ibope. Ele é considerado bom ou ótimo por 28% dos entrevistados, o que representa uma queda de 9 pontos em relação aos 37% que o apoiavam em dezembro. Para 39%, o governo é ruim ou péssimo. A maior base do governo está entre os evangélicos, com aprovação de 38%. (Globo)

Enquanto isso... O Senado parece ter colocado a Polícia Legislativa para fazer a segurança da mansão comprada por Flávio Bolsonaro, no Lago Sul, em Brasília. Segundo Guilherme Amado, a Casa não respondeu por que um carro com policiais passou a manhã estacionado em frente à propriedade. (Época)




Vera Magalhães: “No momento em que postulantes à disputa presidencial de 2022 avaliam o cenário e as próprias chances, um nome apareceu simultaneamente no radar do presidente Jair Bolsonaro e do apresentador Luciano Huck: a empresária Luiza Trajano. Huck recebeu uma pesquisa em que o nome de Luiza aparece empatado tecnicamente com o seu, mas numericamente à frente. Do lado de Bolsonaro devem ter aparecido pesquisas semelhantes, porque a empresária passou a ser alvo de ataques, por ora ainda discretos, de porta-vozes bolsonaristas.” (Globo)




O senador Jaques Wagner (PT-BA) diz que seu partido não desistiu de compor uma aliança eleitoral para 2022, mas não com Ciro Gomes, do PDT, a quem acusa de fazer uma campanha de isolamento do PT. Para Wagner, a candidatura de Fernando Haddad ainda não está fechada. (Folha)




Numa vitória do bolsonarismo, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) vem contornando resistências e está perto de ser confirmada na presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a mais importante da Casa. (Poder 360)




O Superior Tribunal de Justiça (STJ) absolveu da acusação de calúnia a desembargadora do Rio Marília Castro Neves, que publicou acusações falsas contra a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. Os ministros consideraram que o pedido de desculpas da magistrada em redes sociais foi suficiente. (UOL)

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