Após uma interrupção provocada por uma mudança mal sucedida no registro de mortes por Covid-19, a média móvel de óbitos retomou triste a sequência de recordes. No domingo chegou a 2.598, terceiro recorde consecutivo, com 1.605 mortos. O total desde o início da pandemia chega a 312.299. Vinte estados e o DF estão com alta nas mortes: CE, MS, SP, TO, RS, RN, MG, PE, AL, ES, PR, RJ, SC, SE, MT, RO, AP, BA, PI, MA.
Quando se fala em medidas de isolamento, o principal objetivo é evitar o colapso dos sistemas de saúde. Exatamente o que está acontecendo. Somente este ano, 38% dos mortos por Covid-19 em hospitais não chegaram às UTIs – 28 mil pessoas. Para as famílias desses brasileiros sobra a dor e a certeza de que o sistema falhou com elas. Mesmo quem consegue entrar na UTI enfrenta maus prognósticos. Em cada dez paciente que precisam ser intubados, somente dois sobrevivem. (Globo)
Painel: “No pior momento da pandemia de Covid-19, o conselho de secretarias municipais de Saúde debateu na sexta um modelo de triagem para definir quais pacientes terão tratamento convencional e quais receberão atendimento paliativo em casos de colapso hospitalar. A médica Lara Kretzer afirmou na reunião que o ideal seria não precisar fazer uma escolha que, ao extremo, pode significar decidir quem vive e quem morre, mas que é obrigação ética estar preparado para isso.” (Folha)
E a defesa dos lockdowns ganhou um exemplo a mais. A cidade paulista de Araraquara, cuja rede de saúde entrou em colapso em fevereiro, proibiu a circulação de veículos e pessoas mesmo durante o dia entre 21 de fevereiro e 21 de março. Agora, vê o número de casos de Covid cair 58%, enquanto o estado tem alta de 40%, e já abre leitos para pacientes de outras regiões. (Estadão)
A Fiocruz recebeu neste domingo insumos para produzir 12 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca. Com o material para seis milhões de doses recebido na quinta-feira e o lote para outros cinco milhões esperado para esta semana, a fundação diz ter matéria-prima para entregar ao Ministério da Saúde as doses previstas para abril e parte de maio. (UOL)
Já a aprovação da vacina russa Sputnik V segue emperrada. A Anvisa suspendeu o prazo de sete dias para analisar o pedido de uso emergencial do imunizante, alegando que faltam “documentos considerados importantes” na solicitação. (Poder360)
E Anvisa também pediu mais informações sobre a Vasamune, vacina financiada pelo governo federal e desenvolvida pela USP de Ribeirão Preto em parceria com o laboratório brasileiro Farmacore. Na quinta-feira, os responsáveis pelo imunizante pediram autorização à agência para iniciar testes em seres humanos. (G1)
Ancelmo Gois: “O Ministério da Saúde decidiu vacinar para a Covid-19 todas as pessoas, acima dos 18 anos, com HIV. A medida vai beneficiar cerca de 700 mil brasileiros.” (Globo)
Enquanto isso... A União Europeia endureceu a conversa com a AstraZeneca e ameaça proibir a exportação de vacinas produzidas pelo laboratório no continente. A empresa é acusada de não cumprir os contratos com o bloco, fornecendo apenas 30% das vacinas prometidas. (Veja)
E o Reino Unido pretende aplicar uma terceira dose de vacinas em idosos e profissionais de saúde por conta das variantes do Sars-Cov-2. (Poder360)
Nenhum comentário:
Postar um comentário