A Índia vai atrasar o envio de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca prometidos para o Brasil a fim de priorizar a imunização da própria população, informou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O Ministério da Saúde previa receber, entre abril e julho, oito milhões de doses fabricadas pelo laboratório indiano Instituto Serum. Ainda não se sabe o impacto que o atraso terá sobre o programa de imunização brasileiro. (Poder360)
Por outro lado, o país recebeu hoje um milhão de doses enviadas pela Covax Facility, uma iniciativa global coordenada pela Organização Mundial da Saúde. A previsão é do envio de mais 1,9 milhão de doses até o fim do mês. Pelo acordo com a Covax, o Brasil tem direito a 42 milhões de doses. (G1)
E o Ministério da Saúde mudou sua orientação e recomendou que todo o estoque de vacinas seja usado para a aplicação da primeira dose, em vez de guardar metade para uma segunda dose, o que havia provocado interrupção em várias cidades. A decisão se baseia na previsão de que o Instituto Butantan e a Fiocruz produzam doses suficiente para a segunda aplicação. (UOL)
O governo acionou a máquina diplomática para tentar comprar no exterior “kits intubação”, como sedativos e equipamento, que estão chegando ao limite dos estoques. (Folha)
No domingo, quando o número de mortes por Covid normalmente cai devido à subnotificação em estados, foram registrados 1.259 óbitos, num total acumulado de 294.115. A média móvel de mortos em sete dias ficou em 2.255, 23º recorde registrado desde 27 de fevereiro. O número de casos chegou a 11.996.442 com os 47.107 registrados ontem. (G1)
E não são apenas os números de mortos e doentes que provocam alarme, mas a mudança no perfil das vítimas. Em cada dez mortos por Covid no país em março, três são jovens ou adultos com menos de 60 anos, o que representa um salto de 35% em relação às mortes com esse perfil no ano passado. (UOL)
A exemplo de São Paulo, a prefeitura do Rio vai adotar feriados entre os dias 26 de março e 4 de abril, como tentativa de conter a circulação de pessoas e a disseminação do coronavírus. Esse foi um dos poucos resultados da reunião entre os prefeitos do Rio, Eduardo Paes, e de Niterói, Axel Grael, com o governador em exercício Cláudio Castro. Outro consenso foi o fechamento das escolas públicas e privadas no período. Paes e Grael querem medidas mais duras, mas Castro, aliado da família Bolsonaro, resiste. (Globo)
E a pandemia vem atingindo com igual intensidade cidades do interior em todo o país, aumentando a pressão sobre prefeitos. Vários desses administradores se elegeram no ano passado com um discurso negacionista estão vendo a conta chegar na forma de colapso na saúde e aumento descontrolado no número de mortos. (Folha)
E, ainda assim, pessoas não entendem a gravidade da situação. Em São Paulo, fiscais e policiais acabaram uma festa clandestina com mais de 50 pessoas numa casa noturna, que foi fechada. No Rio, vídeos viralizaram nas redes mostrando um baile funk (com DJ e bebida alcoolica) dentro de um trem da Supervia. (G1)
Com os templos fechados, um pastor em São Paulo resolveu violar a lei realizando cultos dentro de um micro-ônibus lotado. (Congresso em Foco)
Painel: “O anúncio da escolha de Marcelo Queiroga para ministro sem nomeá-lo de fato e sem que Eduardo Pazuello deixe o cargo levou a pasta da Saúde a ficar sem comando, dizem os secretários de Saúde. A expressão usada é a de que não há lá ‘absolutamente ninguém’ para estabelecer diálogo ou tomar decisões.” (Folha)
Então... A demora na oficialização de Queiroga tem motivo. Bolsonaro busca uma forma de garantir a Pazuello foro privilegiado no STF. Cogita-se até a recriação de algum ministério para abrigá-lo. O temor é que, exposto à Justiça comum, o general seja até preso por sua atuação na pandemia. (Congresso em Foco)
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