sexta-feira, 5 de março de 2021

Chega de mimimi?

 


Voltagem máxima



Desde o início de fevereiro, médicos e cientistas vêm alertando para a iminência de um colapso nacional sem precedentes. Luiz Henrique Mandetta, Miguel Nicolelis, Atila Iamarino, Natalia Pasternak, Carla Domingues. Essas são apenas algumas das figuras que vêm repetidamente lançando alertas. 

Hoje está claro que nada foi feito para nos prepararmos para o caos. Disponibilizar UTIs quando o número de novos infectados chegou a 75 mil por dia não é medida preventiva. Não ajuda muito, já que 47% das pessoas que entram numa UTI não voltam, como demonstrou um estudo recente da UFMG. Decretar fechamento de bares de meia-noite às 5h da manhã também não serve para nada. Enfim, vamos enfrentar um furacão sem qualquer medida preventiva, sem liderança, sem saber o que fazer e com o presidente chamando a pandemia de mimimi. 

Você sabe que a principal fonte de recursos para a manutenção do Intercept vem da nossa plataforma independente de doações e foi por conta do momento crítico que estamos enfrentando em termos de saúde pública que olhamos insistentemente para ela na última semana. É daqui que saem os recursos que nos permitem reportar tudo que está acontecendo com a coragem e urgência que o momento exige. 

Nas próximas semanas, queremos contar as histórias que realmente precisam ser contadas. Chegar junto e mostrar a realidade dos brasileiros que estão sofrendo diariamente por conta da negligência de um governo que parece viver uma verdadeira pulsão de morte. Denunciar os esquemas que certamente surgirão porque, como em toda crise, nesta também haverá empresas e políticos ávidos por lucro. 

Como em todo início de ano, arrecadamos menos do que o esperado em janeiro e fevereiro. Temos muitas pautas pra botar na rua e não resta dúvida: março será o mês para cair de cabeça novamente, como em 2020, nas histórias e nos relatos da pandemia. Sem a ajuda dos nossos leitores neste momento histórico tão importante, não conseguiremos fazer o necessário. Sendo direta: precisamos hoje, ainda no começo do mês, de todo o apoio possível para permitir que nossos repórteres e editores disparem investigações e reportagens a partir do material que temos recebido de leitores, fontes e outros jornalistas. Publicar demanda energia, e você pode dar a recarga que a gente precisa para ter voltagem máxima agora.


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Marianna Araujo
Diretora de Comunicação

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