terça-feira, 2 de março de 2021

‘A OAS tem que mijar sangue para voltar para mesa’

 A defesa do ex-presidente Lula adicionou ao pedido de anulação do processo do tríplex, que corre no STF, um novo diálogo entre procuradores da Lava Jato supostamente obtido por hackers e depois divulgado pela imprensa. Na conversa, os procuradores decidem descartar uma gravação na qual uma funcionária da Odebrecht confirma que a ex-primeira-dama Marisa Letícia desistiu da compra do imóvel. Para os investigadores, a escuta fortalecia a tese da defesa de que Lula não era dono da cobertura. A ação deve entrar na pauta do Supremo nos próximos meses. (UOL)

Mônica Bergamo: “Os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba discutiram em chats de mensagens de WhatsApp a necessidade de endurecer com a empreiteira OAS antes que ela voltasse à mesa de negociação de uma delação premiada. A colaboração de Leo Pinheiro, que presidiu a empresa, foi considerada essencial para embasar a condenação de Lula no caso do triplex do Guarujá. ‘A OAS tem que mijar sangue para voltar para mesa’, diz um deles.” (Folha)

Enquanto isso, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi condenado pela sétima vez no âmbito da Lava-Jato. Desta vez a uma pena de seis anos, seis meses e 22 dias de prisão por ter intermediado pagamento de R$ 2,4 milhões feito à Gráfica Atitude, a pedido do PT, pelas empresas Setec e SOG Óleo e Gás, do empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, um dos primeiros delatores da Lava-Jato. (Globo)




As investigações da Polícia Federal sobre o disparo em massa de notícias falsas nas eleições de 2018 se aproximam da campanha que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República. Mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não tem pressa em tocar processos. A avaliação é de que não há clima para a cassação do presidente e que os processos podem servir como um freio a eventuais ofensivas contra a democracia. (Folha)

Por falar em fake news, o Sleeping Giants Brasil estima que os portais responsáveis pela divulgação de informações falsas perderam R$ 5,4 milhões em publicidade ao longo de dez meses. (Globo)




O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que há uma semana teve a quebra dos sigilos no caso das rachadinhas da Alerj anulada pelo STJ, comprou uma mansão de R$ 6 milhões em Brasília. A compra foi feita discretamente, com a escritura lavrada num cartório da cidade-satélite de Brazlândia, a 45 quilômetros do imóvel. Vale lembrar que uma das suspeitas que pairam sobre o senador é justamente lavagem de dinheiro em transações imobiliárias. (Antagonista)

Bela Megale: “A compra da mansão por Flávio despertou críticas entre diversos aliados de Jair Bolsonaro, inclusive dentro do Palácio do Planalto. Em um primeiro momento, chegaram a duvidar da compra, dizendo que o senador não seria ‘maluco’ de fazer algo do tipo. Confirmada a ‘loucura’, a avaliação de auxiliares do presidente é de que a atitude do senador expõe não só a si próprio, por ser alvo de uma denúncia no caso das rachadinhas, mas o próprio pai.” (Globo)

Segundo Guilherme Amado, Zero Um diz que comprou a casa com o dinheiro ganho na loja de chocolates. (Época)




Escaldado pela derrota ao tentar votar na marra a PEC da Impunidade, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mudou de estratégia para tratar de outro assunto querido ao Congresso, a reforma eleitoral. Acompanhado da relatora da matéria, Margarete Coelho (PP-PI), ele visitou o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, para explicar as propostas. A principal busca reduzir a capacidade de a Justiça Eleitoral legislar por meio de resoluções. Também está previsto o aumento de mandatos com restrições à reeleição e a adoção de um modelo de voto distrital, transformando as eleições proporcionais em majoritárias. Barroso agradeceu a deferência e disse que vai colaborar com o processo. (Globo)

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