Nas capas dos jornais, as manchetes giram em torno da principal notícia do dia: a decisão do STF que confirmou a anulação de todas as condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio da Silva imputadas por Sérgio Moro. Com isso, Lula volta a ter condições legais para disputar as eleições presidenciais de 2022. O assunto é manchete da Folha, Estadão, El País Brasil e O Globo, com Valoroptando por destacar que as intervenções do governo Bolsonaro derrubam as ações de empresas estatais. A decisão ganha repercussão global com os despachos das agências internacionais de notícias. Reuters informa que Supremo Tribunal Federal confirma decisão de anular condenações de Lula. Segundo a agência, a maioria do tribunal anulou as condenações criminais contra o ex-presidente, iniciando uma disputa presidencial contra o atual presidente Jair Bolsonaro em 2022. A notícia foi replicada em 2.870 veículos noticiosos ao redor do mundo. Lula também está na capa do jornal argentino Clarín. Nas capas das principais revistas semanas, só Veja e Focus Brasil, editada pela Perseu Abramo, colocam Lula na capa. "A esperança voltou. O plenário do STF confirma a suspeição e imcompetência de Sérgio Moro e abre passagem para Lula mais uma vez cuidar do povo brasileiro", destaca a semanal da Perseu. Em Veja: "De volta ao jogo. Favorecido pela decisão do STF que o confirmou como ficha-limpa, Lula intensifica movimentação política para sua candidatura à Presidência em 2022". Carta Capital traz reportagem exclusiva com denúncia contra o vice-presidente, General Hamilton Mourão: "Protetor do garimpo. Alvo do Ministério Público por omissão na Amazônia, o general Mourão estende o tapete a acusados de crimes ambientais, invasão de terras e lavagem de dinheiro". Época dedica o assunto principal ao sobrinho de Castor de Andrade, Rogério Andrade, que se consolida como o maior bicheiro do Rio de Janeiro. Por fim, a revista IstoÉ trata na capa da abertura das investigações pelo Senado contra Jair Bolsonaro, que terá de responder pela condução desastrosa da pandemia da Covid-19. Na política, o assunto principal do dia é Lula. Folha traça cenários para o quadro eleitoral e informa que, com Lula elegível, PT negocia apoio a partidos de centro nos estados. Segundo o jornal, a legenda deve firmar alianças com siglas como o PSD e o MDB. O jornal ainda repercute o estado de espírito do ex-presidente: Está de alma lavada com a decisão, diz a presidente do PT. No Valor, César Felício escreve que Lula aposta em apoios de líderes estrangeiros e ocupação de espaço na mídia internacional como "arma para se esquivar de mazelas". "O relato que prevalece é que a principal liderança de oposição ao atual presidente brasileiro foi alvo de perseguição judicial e política", escreve o colunista. "Ele [Lula] não é visto como o presidente em cujo governo se desenvolveu o maior esquema de corrupção conhecido no planeta". Até Bolsonaro comentou a decisão do STF sobre Lula e fala de 2022. "Se o Lula voltar pelo voto direto, pelo voto auditável, tudo bem. Agora, veja qual vai ser o futuro do Brasil com o tipo de gente que ele vai trazer para dentro da Presidência", disse Bolsonaro em transmissão na internet. Vinícius Torres Freire resume: "Acuado, Bolsonaro diz que vai restabelecer a ordem". Bruno Boghossian também aponta que o presidente enxerga o perigo das investigações que cercam o governo. Sobre a CPI, jornais noticiam que um nome apoiado pelo Planalto – o senador Omar Aziz (PSD-AM) ganha força para presidir CPI, que deve começar após o feriado. O relator deve ser Renan Calheiros(MDB-AL). Folha reporta que a CPI da Covid poderá ser a única em funcionamento no Senado na pandemia. No jornal, Ciro Nogueira, líder do centrão e aliado de ocasião do Planalto reclama: CPI da Covid foi criada para combate político e atingir Bolsonaro. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário