A caminho dos 400.000 mortos pela covid-19, o Brasil se prepara para aprovar uma lei que facilitará a compra de vacinas pelo setor privado, sem a necessidade de aprovação da Anvisa e sem ter de respeitar grupos prioritários, em um momento onde há escassez global do imunizante. Felipe Betim escreve sobre o projeto de lei que atende às pressões de empresários —muitos deles ligados ao presidente Jair Bolsonaro e, como ele, ativamente negacionistas da pandemia— impacientes pela reabertura da economia. O texto já passou pela Câmara e vai ao Senado pretende utilizar o Ministério da Saúde como uma espécie de laranja na compra das doses, já que muitos fabricantes só vendem para governos. No Supremo Tribunal Federal, a discussão é sobre a proibição —ou não — do funcionamento de templos religiosos durante a fase mais aguda da pandemia. De Brasília, Afonso Benites conta que a sessão desta quarta-feira se transformou numa pregação, onde o procurador-geral Augusto Aras e o chefe da Advocacia-geral da União, André Mendonça, deixaram claro que estão na busca pela vaga “terrivelmente evangélica” prometida por Bolsonaro na Corte ao defender a liberação dos atos religiosos. Apenas o relator Gilmar Mendes proferiu seu voto (contrário e contundente). O julgamento segue nesta quinta. “Quantos brasileiros e brasileiras ainda precisam morrer?”. Essa é a pergunta que Eliane Brum faz ante ao extermínio que o país vivencia na pandemia e à inércia das autoridades. Em sua coluna, Brum alerta sobre os perigos da manutenção de Bolsonaro no poder. "A ideia ridícula de que ele é controlável é isso mesmo: ridícula. E, em vários momentos, também oportunista, para alguns justificarem o injustificável, que é seguir compondo com Bolsonaro. O homem que governa o Brasil é bestial. Se move por apetites, por explosões, por delírios. Mas não é burro”, escreve. No viés econômico, Monica de Bolle fala sobre os desafios de um país preso no futuro do pretérito inflacionário, cujo trauma com a inflação se dá, segundo a colunista, "não devido a um Estado excessivamente intervencionista, mas devido a um Estado ausente”. Também nesta edição, uma análise do sucesso de Juliette Freire no Big Brother Brasil nas redes sociais, onde ela já tem mais seguidores do que celebridades consagradas. A pesquisadora de neuromarketing Lígia Sales explica o fenômeno social por trás da paraibana, que personifica a ideia de final feliz que todos estamos ansiosos por ver se realizar. "Torcer por ela, sem muito medo de dar errado, é a descarga de dopamina que precisamos para continuar." Já Carlos Megía conta as razões pelas quais Jessica Alba, uma das atrizes mais promissoras de Hollywood no início dos anos 2000, abandonou a carreira. “Eu não podia voltar ao que estava fazendo antes e ser autêntica. Não podia. Aquilo já não me importava da mesma forma”, disse a artista. Fique em casa se puder. Ajude os mais vulneráveis se tiver chance. Se cuide. | ||||||||||
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