segunda-feira, 26 de abril de 2021

Pazuello só teria caído no final de março porque corriam rumores de que seria preso

O governo federal organizou um mutirão com funcionários de ministérios para preparar defesas contra 23 possíveis acusações que podem ser feitas na CPI da Covid à gestão do Executivo na pandemia. Entre elas estão negligência na compra de vacinas, promoção de tratamentos ineficazes e omissão na crise do Amazonas.  (Globo)

A lista de 23 possíveis acusações, revelada por Rubens Valente, foi elaborada pela Casa Civil e enviada a 13 ministérios, incluindo Economia, Ciência e Tecnologia e, claro, Saúde. (UOL)

Em outra frente, o Planalto está preparando um treinamento intenso para o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, provavelmente uma das primeiras autoridades a serem chamadas para depor na CPI. O objetivo é somente um: blindar o presidente Jair Bolsonaro e, se possível, desviar a atenção para estados e municípios. Mesmo sem cargo no governo, o general acompanhou o presidente a um evento em Manaus e recebeu elogios públicos do antigo chefe. (Globo)

A preocupação no Planalto com a CPI não é injustificada. Embora não seja um órgão julgador, a comissão pode, segundo especialistas, trazer fatos novos sobre a atuação de Bolsonaro na pandemia ou consolidar o que já se sabe de forma a mostrar que a eventual negligência foi uma política premeditada. E isso fundamentaria com mais solidez um processo de impeachment. (Folha)

E por falar... Pazuello só teria caído no final de março porque corriam rumores de que seria preso. A informação é do ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação (Secom) Fabio Wajngarten, também demitido no mês passado. Integrante da chamada “ala ideológica” do governo, ele diz ter participado das negociações para compra das vacinas da Pfizer no ano passado e que a conversa emperrou no Ministério da Saúde, não no Planalto. (Veja)

Só lembrando que, segundo o artigo 102 da Constituição, apenas o STF pode processar, julgar e, numa situação extrema, mandar prender um ministro de Estado.




A eleição é no ano que vem, mas a campanha já está na rua, com os tucanos se movimentando. Candidato à Presidência desde que assumiu, há pouco mais de dois anos, o governo de São Paulo, João Doria defende que o “polo democrático” (da direita não bolsonarista à centro-esquerda) escolha seu candidato até novembro. Mas reconhece que há visões muito heterogêneas no grupo, e resistência a seu nome mesmo no PSDB. (Globo)

E o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) se assumiu como pré-candidato e, aos 72 anos, disse que gostaria de ser o “Biden brasileiro”. Bem, o presidente americano se elegeu aos 78, o que qualifica o senador também para o pleito de 2026. (UOL)




Causou revolta entre políticos e personalidades a foto em que o presidente Jair Bolsonaro aparece com o apresentador Sikêra Jr. e os ministros Milton Ribeiro (Educação) e Gilson Machado (Turismo) segurando a reprodução de um cartão de CPF com uma tarja onde se lê “cancelado”. No jargão da Receita Federal “CPF cancelado” significa que o contribuinte morreu; na gíria das milícias e dos grupos de extermínio, que um alvo foi assassinado. Para os críticos, o presidente demonstrou, no mínimo, desrespeito com os quase 400 mil mortos por Covid-19 no Brasil. (Poder360)

A foto foi tirada nos bastidores no programa de Sikêra Jr., bolsonarista ferrenho, na TV A Crítica, de Manaus. Na entrevista, Bolsonaro fez piadas homofóbicas e voltou a criticar as medidas de isolamento adotadas por governadores para tentar conter a pandemia. (Congresso em Foco)




Morreu de Covid-19 na noite de sexta-feira, aos 69 anos, o jornalista Levy Fidelix, fundador e presidente nacional do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), partido que abrigou o vice Hamilton Mourão para compor a chapa de Bolsonaro em 2018. Combinando a defesa de um “aerotrem” e um discurso ultraconservador, Fidelix concorreu em 14 eleições, de prefeito de São Paulo a presidente da República, sem conseguir vencer nenhuma. (UOL)




O governo Biden comprou uma briga justa, mas feia. Os EUA reconheceram como um genocídio o assassinato de 1,5 milhão de armênios, entre 1915 e 1917, pela Turquia, então Império Otomano. O tema é tabu para o governo turco, que não deve deixar barato. O porta-voz do presidente Tayyip Erdogan classificou o ato americano como “ultrajante” e prometeu reações “em diferentes níveis nos próximos dias e meses”. (Poder360)

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