Mais um recorde. O Brasil registrou 4.195 novas mortes por covid-19 em apenas 24 horas. É a primeira vez que o país supera a marca de 4.000 óbitos contabilizados em um só dia. “Podemos esperar um mês muito triste, muito grave, muito trágico para o Brasil. A taxa de transmissão segue extremamente alta e o ritmo de vacinação ainda está aquém do que seria desejável”, disse Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, ao repórter Felipe Betim. Também nesta edição, o segundo episódio do podcast do colunista Miguel Nicolelis sobre a crise sanitária: “Óbitos podem superar nascimentos por causa da covid-19 em abril”, diz ele. Ouça grátis a análise do neurocientista, que envia um recado ao novo comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira. Um ano após o início da pandemia, a covid-19 espalha devastação pelas famílias, mas também transtornos na rotina e nos planos de futuro, além de dor e culpa mesmo para aqueles que não perderam nenhum amigo ou parente para a doença. Stephanie Vendruscolo conta a história de três vidas afetadas pela crise, mesmo sem infecção pelo novo coronavírus. Na reportagem sobre os impactos psicológicos e práticos da emergência, a psicóloga Jackeline Zanardine Corrêa lembra que todos, independentemente do que estejam vivenciando, têm direito ao sofrimento legítimo durante a emergência sanitária e que sentimentos de “egoísmo” e “culpa" não cabem. “Vivemos em uma sociedade de comparações. Usamos o outro como referência para validar ou invalidar o que sentimos e, por isso, muitas pessoas não se acham no direito de sofrer. Não podemos cair nesta armadilha”, diz Corrêa. Dos EUA chega uma pesquisa que traz algum alívio. Autoridades sanitárias norte-americanas indicam que o risco de pegar covid-19 tocando uma superfície contaminada é de 1 em 10.000. Portanto, a fumigação ou nebulização dos ambientes não são recomendadas para a prevenção. Já do Chile vem um sinal de alerta: a correspondente Rocío Montes conta as razões pelas quais o país, que já tem 45% da sua população vacinada com ao menos uma dose da vacina contra a covid-19, enfrenta, agora, o pior momento da crise sanitária. Para amenizar a angústia, uma comédia romântica em formato de série. Natalia Marcos escreve sobre Amor e anarquia, uma produção sueca da Netflix que não pretende reinventar nem revolucionar nada, mas surpreende com o percurso dos personagens e como suas vidas se livram da armadura para dar lugar a seu verdadeiro eu. Em uma combinação de drama e inteligência, a obra promete horas de escape e diversão. Fique em casa se puder. Ajude os mais vulneráveis se tiver chance. Se cuide. | ||||||||||
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