quinta-feira, 8 de abril de 2021

Sem insumos, Butantan para de fabricar CoronaVac

 Principal vacina contra a Covid-19 em uso no Brasil, a CoronaVac teve sua produção interrompida pelo Instituto Butantan por falta de insumos provenientes da China, que está concentrando recursos na imunização no próprio país. A instituição, ligada ao governo paulista, ainda fará uma entrega ao Ministério da Saúde na próxima semana, já que tem um estoque de 2,5 milhões de doses prontas em processo de controle de qualidade. (CNN Brasil)

E o Brasil corre o risco de não receber nem uma dose da vacina da Pfizer, após o Ministério da Saúde publicar na Internet a íntegra do contrato com a farmacêutica americana, o que caracteriza quebra da cláusula de confidencialidade do contrato. O texto ficou dez dias no ar, até ser retirado a pedido da empresa, que ainda se manifestou sobre as medidas que tomará. (Globo)

Enquanto isso... A Anvisa mandou que a Fiocruz alterasse a bula da CovaShield, a vacina de Oxford/AstaZeneca para incluir um alerta sobre risco “muito raro” de coágulos. (Folha)

Uma nova variante do Sars-Cov-2 foi identificada em Belo Horizonte. Segundo os pesquisadores, a nova cepa, chamada de P.4, é potencialmente perigosa e reúne uma combinação de 18 mutações nunca identificadas no coronavírus. Os elementos identificados indicam maior transmissão, mas ainda não se sabe se a variedade mineira é mais letal. (Poder360)

O número de mortos pela Covid-19 chegou a 341.097, com os 3.733 óbitos registrados nesta quarta-feira. A média móvel de mortes em sete dias chegou a 2.744, com alta de 21% sobre o período anterior. A tendência de óbitos é de alta no Distrito Federal e em ES, MG, RJ, SP, DF, MS, MT, CE, MA e PE. (G1)

Uma semana. Esse o tempo que duram os estoques de oxigênio e anestésico para pacientes intubados em 83% dos hospitais de ponta em São Paulo. Segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), a gravidade dos pacientes está maior, o que demanda mais tempo de UTI e, por consequência, mais suprimentos. No setor público a situação não é melhor. Mais de mil cidades estão com dificuldades no abastecimento de oxigênio. (Folha)

O aumento na gravidade dos casos é confirmado por médicos e pode estar ligado às novas variantes do Sars-Cov-2, em particular à P.1, identificada primeiro em Manaus. Em Araraquara (SP), que decretou lockdown após uma explosão de casos, 93% das infecções se devem à nova cepa. (Globo)

A Câmara aprovou ontem o Projeto de Lei que permite a empresas comprarem vacinas para imunizar funcionários. Pelo texto, os imunizantes não precisam de aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se tiverem sido aprovados por órgão internacionais equivalentes, a aplicação não precisará seguir a ordem de prioridades do Ministério da Saúde e a doação de doses ao SUS cai para 50%. O projeto vai agora para o Senado. (Globo)

Para especialistas, a lei é inconstitucional e enfraquece a Anvisa e o SUS. (G1)

E, após pressão do Planalto, o Senado retirou da pauta o projeto que previa a quebra de patentes de vacinas contra a Covid-19. (Folha)




Sob a justificativa de “favorecer o ambiente de negócios”, Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória retirando a “análise humana” da emissão para empresas de licenças ambientais, sanitárias e de segurança contra incêndio. Os documentos passam a ser emitidos automaticamente com a assinatura de um “termo de responsabilidade” por parte do empresário. Para a ex-presidente do Ibama Suely Araújo, a MP é uma “aberração jurídica”. (Estadão)

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