sexta-feira, 1 de maio de 2020

Com disparada de mortes, ministro defende isolamento

O Brasil registrou nesta quinta-feira o terceiro dia consecutivo com mais de 400 mortes notificadas por covid-19: foram 435 óbitos confirmados em 24 horas, totalizando 5.901 falecimentos, de acordo com o Ministério da Saúde. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro, um negacionista da crise, agora diz que o Governo Federal “fez de tudo” para conter a crise do novo coronavírus e segue afirmando que as medidas de isolamento social foram inócuas, culpando prefeitos e governadores. Até o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, não o acompanha mais: já muda discurso e defende manutenção da quarentena. No Rio de Janeiro, o segundo Estado mais afetado pela pandemia, mais de 1.000 pacientes —361 deles em estado grave— com sintomas compatíveis com a doença aguardavam, nesta quinta-feira, uma vaga em UTI ou enfermaria. Em São Paulo, o primeiro em número de mortes, a taxa de ocupação dos leitos de UTI na capital e região metropolitana para tratar pacientes com covid-19 chegou a 89% e as autoridades já cogitam levar doentes para o interior, relata Joana Oliveira. 
Enquanto a pandemia se agrava, ameaçando o sistema de saúde, o desemprego avança e atinge 12,9 milhões de pessoas, trabalhadores que foram demitidos relatam dificuldades para conseguir o seguro-desemprego. Com as agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine) fechadas por conta das regras de isolamento, a solicitação do benefício precisa ser realizada de forma remota, pelo site do Governo ou pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o que tem sido um obstáculo para cerca de 200 mil pessoas, segundo estimativas do Governo. A reportagem de Heloísa Mendonça fala sobre a fila dos que não conseguem acessar qualquer benefício na pandemia. “Eu não consigo nem pegar o auxílio, porque tenho direito ao seguro-desemprego, não posso os dois. Hoje estou sem nenhum”, lamenta o pedreiro Rubevando Figuereido, de 34 anos, que vive com a esposa e três filhos.
Para ler com calma, Carlos Megía conta sobre as novas avós 'influencers' do Instagram que, durante as semanas de confinamento, encheram as redes de um otimismo contagioso. A mensagem delas é mais valiosa e imprescindível que nunca para uma sociedade que está em dívida com as gerações de mais idade.

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