Bethânia: “Não gosto mais de falar do Brasil. Tenho vontade de chorar”

 

Um Brasil dependente do auxílio emergencial e sem Orçamento do Governo federal para 2021 aprovou nesta semana a independência de seu Banco Central na Câmara, para autocongratulação dos deputados. O aceno aos agentes do mercado, sem definir antes a estratégia para prorrogação do programa de transferência de renda aos vulneráveis, provoca críticas. Nesta quinta, Jair Bolsonaro sinalizou a volta do programa social a partir de março, embora sem detalhes. Enquanto isso, Paulo Guedes era cobrado pela nova cúpula da Câmara. “O Governo com esses balões de ensaio deixa o cenário mais turvo”, afirma Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI). “Está faltando uma sinalização mais clara.” Enquanto o Brasil volta a registrar alarmantes 1.300 mortes por dia por covid-19, vem do Reino Unido uma boa notícia. Um ensaio clínico realizado detectou que a combinação entre dois fármacos (o tocilizumabe, remédio contra a artrite, e o corticoide dexametasona) apresenta alta efetividade na redução do índice de mortes em pacientes na fase grave da infecção pelo coronavírus. “Uma redução da mortalidade associada a qualquer fármaco é muito boa notícia porque não temos praticamente nada”, afirma Jesús Sierra, coordenador do registro da Sociedade Espanhola de Farmácia Hospitalar. Em mais uma ofensiva ultranacionalista, o Governo polonês aperta o cerco contra os historiadores do Holocausto. Na última terça-feira, um tribunal da Polônia condenou dois pesquisadores a retificar um parágrafo do ensaio Noite Sem Fim: o Destino dos Judeus na Polônia Ocupada e pedir desculpas pelas afirmações ali contidas. Paralelamente, uma jornalista foi interrogada pela polícia por uma pergunta feita em um artigo, no qual questionava se um dia as autoridades polonesas reconheceriam a participação dos nacionais no Holocausto. "Não são os tribunais que devem estabelecer o que é certo ou não em termos históricos”, diz Jan Grabowski, um dos condenados na sentença. Não vai ter Carnaval, mas vai ter Maria Bethânia, que faz sua primeira live neste sábado. Será pela Globoplay, com transmissão aberta a não assinantes. Ao EL PAÍS, a cantora contou sobre a preparação para o show, que acontece exatos 56 anos depois de sua icônica estreia nacional no show Opinião, em 1965. A irmã de Caetano também falou do novo disco, Noturno, que será lançado nos próximos meses. “Noturno invoca uma sobriedade, uma calma, uma maturidade, mas é um disco de uma mulher de 74 anos, cantora brasileira, dentro da pandemia, com as angústias e as situações implicadas aí”.

Dependente de auxílio emergencial, Brasil privilegia independência do BC Congresso ainda não aprovou Orçamento de 2021. Bolsonaro promete volta de programa social da pandemia, mas seu Governo não tem plano para fazê-lo