segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Isolado até no DEM, Maia ameaça com impeachment

 


A menos que aconteça uma reviravolta que ninguém espera, os candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), devem vencer as eleições para presidência da Câmara e do Senado, respectivamente. (Globo)

Na prática, significa a volta do Centrão ao comando da Câmara, de onde havia sido apeado pela queda de Eduardo Cunha em 2016, afastado pelo STF, cassado por corrupção e preso. (Folha)

A certeza da vitória de Lira sobre Baleia Rossi (MDB-SP) veio ontem, quando o Democratas, partido do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), abandonou formalmente a candidatura do emedebista e se declarou neutro. (Estadão)

É uma derrota grande para Rodrigo Maia. Enquanto ainda tem poder para isto, reagiu ameaçando desengavetar um dos mais de 60 processos de impeachment ainda hoje. Há quem defenda que ele abra mais do que um, segundo Natuza Nery. Também há quem tente dissuadi-lo. (G1)

Apesar de seu partido ter comandado o movimento que esvaziou Baleia, beneficiando Lira, o presidente do DEM, ACM Neto, foi hostilizado por bolsonaristas no aeroporto de Brasília. (Estadão)

Mas... O político baiano ganhou algo para trair Maia. A promessa de poder indicar o ministro da Educação. (Antagonista)

Entenda como vai ser a eleição nas duas Casas. (Poder 360)

Coluna do Estadão: “Na política, é possível perder na vitória e ganhar na derrota. Com qualquer resultado hoje na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro sairá fragilizado: mesmo que Arthur Lira (PP-AL) vença a disputa, o presidente terá menos poder. Seja porque o governo despejou caminhões de recursos e interferiu na disputa, seja porque o apetite do Centrão jamais será saciado. Um ex-articulador político do Planalto alerta: é essencial manter diálogo com o Centrão, mas com muita cautela. O que custa caro hoje, tende a encarecer.” (Estadão)

Painel: “Políticos da esquerda, do centro e da direita avaliam que Rodrigo Maia (DEM-RJ) não se preparou para deixar a cadeira e não se deu conta que os dias de poder estavam acabando. Não ter conseguido manter sua própria legenda no bloco criado por ele já indica como será a vida fora da presidência, na opinião de colegas. Caciques partidários traçam futuro político sem prestígio a Maia e dizem achar improvável que ele fique no DEM. O cenário só muda se Baleia Rossi (MDB-SP) vencer.” (Folha)




Neste fim de semana apenas a esquerda foi para as ruas pedir o impeachment de Bolsonaro. Carreatas organizadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo aconteceram em 56 cidades, acompanhadas de buzinaços e panelaços. (Folha)

O governo de Bolsonaro, entretanto, ainda tem uma aprovação forte, embora em queda, segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas. Aprovam o governo 47,2% dos ouvidos, enquanto 48,5% reprovam.




Com uma greve marcada para hoje, os caminhoneiros ficaram furiosos com a divulgação de um áudio em que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, diz que não tem como atender a nenhuma das reivindicações da categoria nem garantir o cumprimento dos acordos de 2018.

Ao contrário de 2018, porém, os caminhoneiros estão divididos, e a expectativa é de um movimento menor. Até o fechamento desta edição não havia informações de problemas nas estradas.




O consórcio internacional Aliança Covax, da OMS, deve enviar ao Brasil, a partir de fevereiro, de 10 milhões a 14 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, segundo o Ministério da Saúde. Caso sejam produzidas por laboratórios diferentes do que forneceu as doses importadas pela Fiocruz, as vacinas precisarão de nova autorização emergencial da Anvisa.

E o governo de São Paulo espera para quarta-feira a chegada de 5,4 mil litros do insumo para fabricação da CoronaVac. Com esse material, o Instituto Butantan poderá produzir cerca de 8,6 milhões de doses.

Quatro dias antes que o sistema de saúde do Amazonas entrasse em colapso, a equipe do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, pediu que o governo estadual não decretasse lockdown, mas “um meio termo”. Medidas mais brandas foram adotadas no dia 14, mesmo dia em que os hospitais ficaram sem oxigênio. (Globo)

Apesar disso, Pazuello, que é investigado pela PF por suposta negligência, está fazendo “um trabalho excepcional” no combate à Covid-19. A opinião, claro, é do presidente Jair Bolsonaro. (Globo)

No Rio de Janeiro, professores das redes municipal e federal declararam greve contra a volta das aulas presenciais, previstas para fevereiro e março, respectivamente. Eles querem ainda que a categoria seja incluída entre os grupos prioritários para a vacinação. (Folha)

O Brasil completou ontem 11 dias seguidos com média móvel de mortes acima de mil. É o período mais longo nesse patamar desde os 31 dias entre 3 de julho de 2 de agosto do ano passado. No total, o país tem 224.534 mortos pela Covid-19.

E na Europa, forças de segurança prenderam centenas de ativistas em protestos contra o isolamento em Bruxelas, Budapeste e Viena. (Guardian)




Bruno Covas, prefeito de São Paulo, não gostou das críticas a sua presença, em meio a dezenas de outras pessoas, na final da Libertadores. “Ir ao jogo e direito meu”, disse o prefeito, que acabou de sair de uma licença médica para tratar um câncer no aparelho digestivo. Ah, o Santos, time de Covas, perdeu.




Cinco advogados deixaram neste fim de semana a equipe de defesa do presidente Donald Trump no processo de impeachment a que ele responde no Congresso americano. O grupo discorda da estratégia escolhida pelo ex-presidente de insistir na tese da fraude eleitoral.




Um golpe militar prendeu a líder civil de Myanmar, Aung San Suu Kyi, vencedora do Nobel da Paz em 1991, e outras autoridades. O Exército assumiu o poder. (Folha)

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