Caminhoneiros: "Bolsonaro não quer nos escutar"

 

O mês de fevereiro se inicia com a ameaça da paralisação dos caminhoneiros pelo Brasil. A categoria, que em 2018, ostentava nos para-brisas de seus caminhões bandeiras de apoio ao então pré-candidato à Presidência, Jair Bolsonaro, se mostra insatisfeita com os rumos do Governo que ajudaram eleger. A repórter Heloísa Mendonça explica sobre as reivindicações do movimento — cuja a adesão segue como incógnita — e os impactos de uma eventual greve no apoio a Bolsonaro. “Ele [Bolsonaro] falava do preço do combustível, dos valores exorbitantes de pedágio, de que isso não podia acontecer. E acreditamos nele. A categoria fez uma campanha totalmente gratuita para Bolsonaro, com apenas o pedido de que as nossas demandas fossem atendidas’, diz Wallace Landim, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava). Nesta segunda-feira também ocorrem as eleições para definir a presidência do Senado e da Câmara dos Deputados, cujos resultados esboçarão o decurso dos próximos dois anos do governo Bolsonaro. Os candidatos Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (DEM), apadrinhados pelo presidente, são os favoritos no pleito legislativo. Com a provável derrota de Baleia Rossi na Câmara, Rodrigo Maia se despede da presidência — a qual ocupou por quatro anos e meio — sem deixar um sucessor. Luís Costa Pinto escreve que o insucesso de Rossi nas eleições levará Maia, um político que se contrapôs à abjeta agenda reacionária de Bolsonaro e focou nas reformas liberais, deverá analisar seus vestígios. " A partir do dia 2 de fevereiro Rodrigo Maia terá de se confrontar com a própria sombra e perguntar: quem e o quê fui? Aonde errei?”, escreve. Ainda nesta edição as narrativas oníricas convivem com a neurociência no livro O Oráculo da Noite. Com uma mentalidade científica aberta e sem preconceitos o neurocientista brasileiro Sidarta Ribeiro faz uma imersão pelas culturas antigas e sua perspectiva sobre os sonhos e o estado de vigília e traz estes conhecimentos para o mundo científico atual. O sonho, que para Ribeiro poderia ser um episódio de psicose indispensável para a saúde mental, é um exercício de olhar para dentro, o que pode ser tão revelador quanto olhar para fora.

“Já recebi ligação de Bolsonaro. Agora, ele não quer nos escutar” Antigos aliados, grupos de caminhoneiros agora miram no presidente e prometem greve a partir desta segunda