Enquanto a pandemia recrudesce, pais divididos entre o medo da covid-19 e o do atraso no aprendizado avaliam se vão mandar seus filhos ou não para a escola, apesar de médicos e especialistas defenderem o retorno às salas presenciais. O dilema é exposto pelo repórter Aiuri Rebello no momento em que começa a volta às aulas de milhões de alunos Brasil afora. Em São Paulo a retomada das atividades presenciais foi a razão de uma guerrilha de liminares entre o Governo do Estado e os sindicatos de professores. “Como sociedade é prioridade voltarmos nossos esforços para que as crianças voltem às escolas”, afirma Marcelo Otsuka, vice-presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo. As primeiras 24 horas da gestão do neobolsonarista Arthur Lira no comando da Câmara dos Deputados foram marcadas por um bate e assopra com a oposição. Afonso Benites explica que, depois de limar os contrários da cúpula da Casa, o parlamentar chegou a um denominador comum e acomodou a oposição Mesa Diretora. O acordo, no entanto, reduziu a participação das mulheres nesses postos estratégicos para o funcionamento da Câmara. Ainda nesta edição, duas análises escrutinam a chegada de Lira ao posto que controla a agenda legislativa do país. Para o cientista político Cláudio Gonçalves Couto, a eleição do líder do Centrão reflete a inversão da lógica do presidencialismo de coalizão por Jair Bolsonaro, que montou uma base meramente defensiva, pressionado pelas ameaças de impeachment e pelas investigações que o cercam. Até quando o arranjo dura é a grande pergunta. Já Márcio Astrini, do Observatório do Clima, descreve Lira como simpatizante da agenda antiambiental costurada entre ruralistas e Bolsonaro e teme que o parlamentar alagoano coloque em votação projetos que até então vinham sendo brecados por Rodrigo Maia ou pela pandemia. Recebida com ceticismo generalizado pela comunidade internacional, a vacina russa Sputnik V alcançou 92% de eficácia em um estudo realizado com mais de 20.000 participantes publicado pela prestigiosa revista médica Lancet. Os resultados com o imunizante são uma boa notícia em meio ao agravamento da pandemia e aumentam a pressão de governadores, que querem que a Anvisa autorize o produto no Brasil. No mundo, segue a preocupação com as novas cepas e, no México, cientistas não descartam a possibilidade uma cepa local, diferente das detectadas no Brasil e na África do Sul, estar circulando pelo país. Já na Europa, que fecha suas fronteiras para evitar a disseminação das novas variantes, o temor é que as atuais vacinas não sejam eficazes para controlar as mutações do coronavírus. "Se existe algo indubitável é que o mundo precisará de mais vacinas se levarmos as variantes em consideração”, disse Ursula Von der Leyen, presidenta da Comissão Europeia. | |||||
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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
“Já ficamos um ano sem aula. Mais um é inaceitável”
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