quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Com 1.240 mortes na terça-feira, o Brasil completou 13 dias com média móvel de óbitos acima de mil. Desde o início da pandemia, 226.383 morreram no país.

 Já em uso no Brasil, a vacina contra Covid-19 da Universidade de Oxford/AstraZenenca tem eficácia de 82% se o intervalo entre as duas doses for de até 12 semanas. Em artigo publicado na revista científica Lancet, uma das mais respeitadas do mundo, pesquisadores de três países, incluindo Brasil, afirmam ainda que a eficácia com apenas uma dose é de 76% após 22 dias. É uma boa notícia para quem defende aumentar o intervalo entre as doses para imunizar um número maior de pessoas. (Estadão)

Porém, cada vez mais países recomendam que a vacina de Oxford/AstraZeneca não seja aplicada em maiores de 65 anos, por falta de dados concretos sobre os resultados nessa faixa etária. França, Suécia e Polônia se juntaram a Alemanha e Áustria na adoção dessa estratégia, que vai na contramão da política de prioridades do Brasil e dos EUA, por exemplo. (Globo)

O Rio de Janeiro, por exemplo, antecipou o calendário de vacinação e pretende imunizar até o fim desde mês os maiores de 75 anos. A cidade ultrapassou a marca de 30 mil mortos pela doença. (Globo)

Ainda no campo das vacinas, desenvolvida na Rússia e já adotada numa série de países, a Sputnik V teve finalmente sua eficácia divulgada, ainda que preliminarmente. Os primeiros resultados da fase 3, também publicados na Lancet, indicam que o imunizante russo é 91,6% eficaz globalmente e 100% em casos moderados e graves.

Mas calma. A Anvisa informou que a Sputnik V 91,6% eficaz é diferente da que teve a autorização pedida pela União Química, que representa no Brasil o laboratório russo Instituto Gamaleya. De acordo com a agência, a Lancet divulgou resultados da vacina líquida armazenada a -18ºC, enquanto a União Química propõe outras condições de temperatura e conservação. A Anvisa quer mais dados para saber se os resultados são os mesmos. (Globo)

O Congresso, porém, quer facilitar a aprovação da Sputnik V anulando a decisão da Anvisa que exigia testes de fase 3 no Brasil para autorizar uso emergencial da uma vacina. (Estadão)

Ao mesmo tempo em que buscam autorização para uso de suas vacinas, laboratórios de todo o mundo travam uma corrida contra as novas variantes do coronavírus. Os imunizantes de RNA mensageiro da Pfizer/BioNTech e da Moderna, por exemplo, são eficientes contra a cepa britânica, mas não se saem tão bem contra a sul-africana. Mesmo assim, as vacinas são fundamentais para a proteção contra os casos mais graves da doença. (Folha)

Mas o governo brasileiro excluiu da MP das vacinas o item que facilitava a negociação com a Pfizer. O trecho retirados permitia que a União se responsabilizasse pelos efeitos colaterais da vacina. (Estadão)

Com 1.240 mortes na terça-feira, o Brasil completou 13 dias com média móvel de óbitos acima de mil. Desde o início da pandemia, 226.383 morreram no país.

Ah, a vacina falsa em Madureira era fake news, mas na China não. As autoridades locais prenderam mais de 80 pessoas e apreenderam três mil seringas com soro fisiológico, possivelmente destinadas ao mercado externo. (Globo)




Em Manaus, a crise sem precedentes provocada pela variante local do Sars-Cov-2 provocou uma segunda epidemia. A de cancelamento de matrículas nas escolas particulares. Em média, 20% a 30% das famílias tiraram seus filhos da rede privada ao longo de 2020, segundo levantamento do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas (Sinepe-AM). A entidade não tem como avaliar se esses estudantes migraram para a rede pública ou se ficaram totalmente sem aulas. (A Crítica)

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