terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Biden eleito oficialmente e, do G20, só Bolsonaro não viu

 


No mesmo dia em que os americanos já distribuíam a vacina da Pfizer que a FDA havia autorizado na véspera, em cada estado do país os eleitores designados cumpriram seu papel ritual. Sem votos fora do lugar, no Colégio Eleitoral, confirmaram os resultados das urnas e elegeram formalmente Joe Biden para a presidência dos EUA por 306 votos a 232. “Não consigo me ver arriscando nossas normas, tradições e instituições para mudar os eleitores para Trump apenas porque alguns acreditam que houve muita fraude”, comentou Lee Chatfield, o deputado republicano que preside a Assembleia Legislativa do Michigan. Ele foi pressionado pelo presidente para votar uma resolução que mudasse os votos dos eleitores do Colégio em seu estado. Ainda há um passo formal — o Congresso Nacional recebe e sanciona no dia 6 de janeiro os resultados de cada estado, mas o processo de escolha do novo chefe de Estado se encerrou. (New York Times)

“Entendo que alguns se sintam frustrados com o resultado”, afirmou o líder republicano no Senado, John Thune, da Dakota do Sul. “Mas tem uma hora que precisamos começar a dançar conforme a música.” Lentamente, o comando republicano todo está reconhecendo a vitória. “Especialmente por estarmos numa pandemia, uma transição de governo ordeira seria crucial” explicou Lamar Alexander, do Tennessee, um dos mais influentes no partido. (The Hill)

Então... É neste processo conturbado que Trump anunciou a saída do ministro da Justiça, William Barr. “Tivemos um encontro agradável”, afirmou o presidente no Twitter. “Ele fez um trabalho incrível.” Barr renunciou ao cargo após semanas de atritos com a Casa Branca. Ele declarou oficialmente não ter encontrado indícios de fraude eleitoral. (Twitter)

Pois é... Até o russo Vladimir Putin já cumprimentou Joe Biden por sua vitória. Dos líderes do G20, só há um chefe de Estado que não o fez. É o presidente brasileiro. (G1)




A ministra Cármen Lúcia, do STF, deu ontem 24 horas para que Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República se expliquem sobre a suposta produção de relatórios pela agência para ajudar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso Queiroz. Em sua decisão, a ministra lembrou que o STF “afirmou, expressamente, na decisão da medida cautelar, a ilegitimidade de uso da máquina ou de órgãos estatais para atender interesses particulares de qualquer pessoa”.




Atendendo a um pedido do PSB, o ministro do STF Edson Fachin tornou sem efeito o decreto que reduziu de 20% para zero a alíquota de importação de revólveres e pistolas. Fachin atendeu a dois argumentos. Primeiro, que a medida é inconstitucional por violar “o direito à vida e à segurança”. Segundo, pelo impacto grave à indústria nacional, que teria sua competitividade reduzida. A decisão é liminar e será analisada pelo plenário do Supremo.




O ministro da Justiça, André Mendonça, defendeu o apoio de Bolsonaro a Arthur Lira (PP-AL) na eleição para a presidência da Câmara, mesmo com o deputado sendo réu por corrupção passiva numa das investigações da Lava-Jato. “O fato de ser réu não significa que foi condenado”, disse Mendonça, que, ao assumir o cargo em abril, saudou o presidente como “profeta no combate à criminalidade”. (Folha)

E a candidatura de Lira conseguiu rachar até mesmo o PT. Uma ala do partido defende o apoio ao candidato de Bolsonaro, enquanto outra quer uma candidatura própria e uma terceira quer fechar com indicado por Rodrigo Maia (DEM-RJ), seja lá quem for. (Globo)




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