domingo, 20 de dezembro de 2020

Bolsonaro entra na mira do STF por suspeita de blindar seus filhos com a máquina pública

 


Com quase dois anos à frente do Governo, o presidente Jair Bolsonaro, que sempre se disse um “defensor da família”, transparece a preocupação em proteger pelo menos uma delas: a sua própria. O repórter Gil Alessi conta que, nesta sexta-feira, a ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a investigação da suposta produção de relatórios pela Abin com o objetivo de auxiliar a defesa do senador Flávio Bolsonaro, o filho “01” do presidente, no caso das rachadinhas. Caso fique comprovado que a agência agiu para ajudar Flávio, será escrito mais um capítulo de uma história de episódios nos quais a atuação do presidente parece borrar a linha que separa os negócios privados do clã e a máquina pública. “Pretendo beneficiar filho meu sim, pretendo, se puder dar um filé mignon para o meu filho, eu dou”, já declarou o mandatário.

As outras famílias latino-americanas esperam que a vacina contra o coronavírus venha acompanhada da renda e dos empregos perdidos durante a pandemia. Essa recuperação começará em 2021, de acordo a organismos multilaterais, mas será árdua e incompleta. Dependerá da eficiência dos poderes públicos em distribuírem e administrarem a vacina, da capacidade de manter os estímulos fiscais para ajudar suas populações, e de como os Governos lidarão com possíveis insatisfações sociais. Além da economia, as democracias da região foram deterioradas pela crise sanitária. Um relatório da IDEA Internacional alertou que a crise pode consolidar ou agravar ainda mais as preocupantes tendências que os regimes apresentavam na América Latina.

A imunização da população tem sido apontada como a solução mais rápida para frear a pandemia que assola o mundo, e obriga países, como a Itália, a decretar o confinamento da população durante as festas de final de ano. Até o momento, as duas vacinas contra o novo coronavírus que mostraram maior eficácia se baseiam na molécula de RNA, especificamente em um subtipo conhecido como RNA mensageiro. Seu trabalho é transmitir a mensagem da vida contido no DNA e transformá-lo em todas as proteínas que nos permitem respirar, pensar, nos mexer, viver. Por meio de uma reportagem ilustrativa, Nuño Domínguez e Arthur Galocha explicam como a aprovação das vacinas da Moderna e da BioNTech pode ser o começo de uma nova era de tratamentos contra o câncer, doenças raras e vacinas universais.

Por fim, para ler com calma, a história de Aryeh Neier, o advogado judeu que lutou pelas liberdades dos nazistas. Ativista das liberdades civis e direitos humanos desde sua época de estudante secundarista, Neier declara: “A história é eloquente: a liberdade dos nossos inimigos deve ser defendida se quisermos conservar a nossa”. “E eu, sendo judeu, como posso me negar a defender a liberdade, mesmo que para os nazistas?”.

 

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