Nesta sexta, os quase 1.000 membros do Ministério Público do Rio de Janeiro votam na eleição que definirá o novo procurador-geral da instituição. O repórter Felipe Betim conta que o pleito ocorre sob um clima de apreensão, já que entre os cinco candidatos está o procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro, um bolsonarista convicto, próximo do senador Flávio Bolsonaro e do governador afastado Wilson WItzel. Além disso, a eleição aponta uma lista tríplice, e nem Monteiro nem Cláudio Castro (PSC), governador interino do Rio, se comprometeram a aderir à candidatura mais votada da lista. Caso seja o escolhido para chefiar o órgão, Monteiro terá em suas mãos as investigações dos casos Marielle Franco e Fabrício Queiroz. Enquanto o Governo Bolsonaro se complica para botar de pé um plano de vacinação, o Brasil confirmou seu primeiro caso de reinfecção por covid-19, e os Estados Unidos se preparam para iniciar a imunização de sua população. Um painel de especialistas da FDA deu sinal verde para a vacina da Pfizer-BioNtech. A aprovação, que ocorre no momento em que o país passa pelo pior momento da pandemia, também se dá em razão das pressões de Trump, desejoso para acrescentar essa “vitória” a seu mandato. Esse também é o contexto de um giro drástico na política externa norte-americana: o Governo do republicano reconheceu, nesta quinta, a soberania do Marrocos sobre o Saara Ocidental, tornando os EUA o único país ocidental a adotar tal posição. Em troca, o reino árabe deverá estabelecer relações diplomáticas com Israel. Mais ao sul do continente americano, Alberto Fernández completou um ano de presidência na Argentina. O peronista assumiu o cargo com a esperança de livrar o país da recessão e da inflação recorde, além de terminar com o default da dívida externa. Mas a pandemia frustrou todas as expectativas e previsões, inclusive as mais pessimistas. De Buenos Aires, o correspondente Federico Rivas Molina explica os percalços da gestão de Fernández. O presidente tenta recuperar a iniciativa política, com reformas no Congresso, como o debate na Câmara sobre um projeto de lei sobre aborto legal, que foi aprovado na manhã desta sexta com 131 votos a favor e 117 contra e agora segue para o Senado. “O dilema que devemos superar é se os abortos são praticados na clandestinidade ou no sistema de saúde argentino”, salientou o presidente ao anunciar o envio do projeto ao Congresso, em meados de novembro. Por último, para ler —e ouvir— com calma, a biblioteca sonora sobre Clarice Lispector, na voz de Chico Buarque. Naiara Galarraga Gortázar conversou com os promotores da iniciativa, que explicam que o fragmento foi escolhido por sua relação com a poesia do cantor e compositor brasileiro. | |||||
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