Por dez votos a um, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira que as vacinas contra a covid-19 poderão ser obrigatórias no Brasil, mas não forçadas. Na visão da Corte, a decisão individual de cada pessoa não pode se sobrepor à saúde coletiva do país como um todo. Os repórteres Beatriz Jucá e Marcelo Cabral explicam que, na prática, isso significa que ninguém será forçado ou coagido a tomar uma vacina, mas poderá sofrer medidas restritivas por leis criadas por União, Estados ou Municípios, caso deixe de fazê-lo. A decisão do Supremo representa uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro, que declarou publicamente várias vezes ser contra a vacinação obrigatória. Se a obrigatoriedade da vacinação já é um tema consolidado no Judiciário, ainda falta saber quais imunizantes serão utilizados no Brasil. Em meio à críticas de uma suposta inércia do Governo federal e de suspeitas de politização na Anvisa, o ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizou, através de decisão liminar, que caso a agência brasileira não dê o aval para o uso de vacinas já registradas pelas autoridades reguladoras internacionais em um prazo de até 72 horas, prefeitos e governadores poderão importar e distribuir as doses. Enquanto o mundo inicia a vacinação, os exames de antígenos mudam a luta contra a pandemia. Associados ao monitoramento epidemiológico, esses exames têm duas grandes vantagens: são rápidos e baratos. Os gráficos preparados pelo EL PAÍS explicam como eles funcionam e como ajudam no isolamento de novos contagiados e pacientes com a infecção ativa. E ainda nesta edição, a correspondente em Berlim Ana Carbajosa explica como a Alemanha passou de ser uma referência mundial no combate ao novo coronavírus para um dos mais afetados pela segunda onda. Foram quase 1.000 mortos em 24 horas. A Alemanha enfrenta um pesadelo antes de um Natal que poucos esperavam. Desde a quarta-feira, o país se fechou a sete chaves. Lojas, escolas, bares, restaurantes, atrações culturais —tudo parado. Os efeitos desse fechamento levarão algumas semanas para aparecer. Enquanto isso, uma pergunta surge com força: o que deu errado? Para além da pandemia, a quinta-feira foi de premiação na FIFA. O polonês Robert Lewandowski foi coroado pela entidade com o 'The Best’, prêmio pelo melhor desempenho individual da temporada 2019-2020. O repórter Diego Torres conta que, contra a ordem biológica, que começa a perder a noção de seus 33 anos, e contra a lógica do individualismo, o artilheiro polonês atingiu o auge de sua produção com o multicampeão Bayern de Munique, cujo mérito foi transformar cada jogador na expressão máxima do altruísmo no futebol. | |||||
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