Enquanto esta edição fechava, agora de manhã, a Polícia Civil e o Ministério Público batiam à porta do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos). Foi preso. Ele é investigado a respeito do suposto ‘QG da propina’ instalado em seu governo. Também foram presos o empresário Rafael Alves e o delegado Fernando Moraes, enquanto o ex-senador Eduardo Lopes, contra o qual também há mandado de prisão, não foi localizado. A investigação começou em 2018, a partir da delação do doleiro Sergio Mizrahy, que afirmou fazer a lavagem de dinheiro do esquema. Segundo a polícia, empresas que queriam fechar contratos ou tinham dinheiro a receber do município entregariam cheques a Rafael Alves, irmão de Marcelo Alves, então presidente da Riotur. Em troca, Rafael facilitaria a assinatura dos contratos e o pagamento das dívidas. Como o vice de Crivella morreu durante o mandato, o presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe (DEM) deve assumir a prefeitura. O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), que venceu o atual por 64% a 35%, assume o governo logo que virar o ano. (G1) Três meses depois de vir a público que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usava dinheiro vivo em transações imobiliárias na Zona Sul do Rio de Janeiro, a Procuradoria-Geral da República informou ao STF que abriu uma investigação sobre o caso. As transações aconteceram ente 2011 e 2016, quando ele já ocupava uma cadeira na Câmara, e há suspeita de que o pagamento em espécie seja um artifício para lavagem de dinheiro. A apuração preliminar corre sob instrução do ministro Luís Roberto Barroso. Eduardo é o filho Zero Três do presidente Jair Bolsonaro — e o terceiro a ser alvo de uma investigação. (Globo) Falando nos irmãos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), investigado pelo esquema de “rachadinhas” quando era deputado estadual no Rio, renunciou ao cargo de terceiro secretário da Mesa do Senado, revela Andréia Sadi. A decisão foi oficializada no dia 11, mas não foi divulgada. Adversários do senador dizem que a renúncia foi uma estratégia dele para diminuir a pressão no Conselho de Ética, onde também é investigado. Este é, justamente, um dos principais temas governistas na disputa pela presidência do Senado. O Planalto teme que Rodrigo Pacheco (MDB-MG), candidato de Davi Alcolumbre a sua sucessão, seja ‘muito independente’ e entregue Flávio ao conselho caso a pressão aumente. (G1) Pois é... Enquanto isso, a Procuradoria-Geral da República entrou com um pedido para que o Supremo Tribunal Federal reveja a decisão monocrática do ministro Kassio Nunes Marques alterando a Lei da Ficha Limpa. Marques suprimiu o trecho da lei que determinava a inelegibilidade de oito anos a partir do fim do cumprimento da pena. Na prática, garantiu que ninguém ficaria mais de oito anos inelegível, pois a conta sempre começaria a partir da condenação sem incluir a pena. Entre as alegações da PGR estão que esse dispositivo já havia sido considerado constitucional pelo Supremo e que, ao aplicar a decisão para as eleições em andamento, Marques feriu o princípio de que mudanças de regra só valem para o pleito seguinte. Com o STF em recesso o caso deve ser analisado pelo presidente, Luís Fux. Em outubro, Fux anulou uma decisão monocrática do ministro Marco Aurélio que autorizava a soltura de um traficante por uma tecnicalidade, provocando uma reação furiosa do colega. Como Nunes Marques determinou que sua alteração na lei valha já para as eleições de 2020, ela pode abrir caminho para que candidatos ficha suja que foram eleitos, mas estão com as candidaturas em análise no TSE, assumam prefeituras e vagas de vereador no país. (Estadão) O grupo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) ainda não escolheu o nome para disputar a sucessão na casa, mas um dos favoritos, Baleia Rossi (MDB-SP), vive uma situação peculiar. Segundo o Painel, da Folha, partidos de esquerda estão mais propensos a apoiá-lo, achando que ele pode unificar o grupo e vencer em primeiro turno o candidato bolsonarista Arthur Lira (PP-AL). A esquerda quer do próximo presidente um compromisso de proteção às instituições “contra os ataques autoritários” de Bolsonaro. O problema é que, segundo o Globo, Rossi não é consenso dentro do próprio partido. O MDB quer comandar o Senado e teme que uma candidatura forte na Câmara atrapalhe esses planos. A deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ) registrou na polícia ameaça de morte ocorrida em rede social. Um homem disse que ela “falava demais” e iria “perder a linguinha” do mesmo jeito que a vereadora Marielle Franco, de quem Renata foi assessora, assassinada em março de 2018. Live do Meio hoje. Às 19h, a equipe do Meio estará ao vivo nas redes sociais para fazer um balanço dos acontecimentos que marcaram 2020, uma conversa em live com os leitores. Foi o ano em que a sociedade teve que aprender na prática o que é resiliência. Venha compartilhar com a gente as suas experiências ao longo dos últimos meses e as expectativas para o ano que está por vir. O nosso chat estará aberto. Acompanhe no YouTube e no Facebook. |
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