quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

O Brasil ultrapassou na quarta-feira as 174 mil mortes, com 699 óbitos em 24 horas

 A Anvisa divulgou um guia com os requisitos para pedidos de liberação emergencial de vacinas contra a Covid-19. Em primeiro lugar, é obrigatório que o imunizante tenha passado por testes no país – quatro se qualificam por esse critério: a CoronaVac chinesa, a da Universidade de Oxford/AstraZeneca, a da Pfizer/BioNTech e a da Janssen. Além disso, a vacina não poderá ser vendida. Sua distribuição se dará exclusivamente pelo sistema público de saúde e apenas para os grupos nos quais a vacina foi testada, deixando de fora crianças e adolescentes, por exemplo. Essa autorização é diferente do registro definitivo, vale somente para o período de crise sanitária e pode ser revogada.

A Câmara dos Deputados aprovou ontem a Medida Provisória que libera R$ 1,994 bilhão para a Fiocruz comprar e processar a vacina produzida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca. A previsão é que o Brasil receba cem milhões de doses da vacina e que a Fiocruz, após transferência de tecnologia, possa produzir outros 160 milhões. O Brasil ultrapassou na quarta-feira as 174 mil mortes, com 699 óbitos em 24 horas.

A Fiocruz, aliás, alerta que o sistema de saúde da cidade do Rio de Janeiro já está em colapso devido ao aumento de casos da doença. Até o comitê científico da prefeitura, que normalmente referendava as decisões do prefeito, pediu o retrocesso em algumas medidas de flexibilização. (Globo)

A Pfizer, cuja vacina foi virtualmente descartada para uso no Brasil, apresentou ao governo federal um plano de armazenamento que resolveria, segundo a empresa, o problema de logística do imunizante, que precisa ser mantido a -70º C. O plano inclui uma caixa termicamente isolada que manteria a vacina na temperatura recomendada até 15 dias. A vacina da Pfizer foi aprovada para uso no Reino Unido, que deve iniciar a imunização da população na semana que vem.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresentou na quarta-feira uma solução para o caso dos testes de Covid-19 cujos prazos de validade estão em vias de vencer. O prazo será estendido. Segundo ele, essa possibilidade já estava prevista na compra do equipamento. Pazuello foi ainda alvo de críticas por dizer que após “aglomerações” nas eleições, “não faz sentido falar em lockdown.




Durou menos de um dia a portaria do Ministério da Educação determinando que as universidades federais retomassem as aulas presenciais a partir de janeiro. Após uma forte reação de entidades de classe, das próprias instituições e de especialistas de saúde, o ministro Milton Ribeiro revogou a portaria. O epidemiologista Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), lembrou que a Constituição garante a autonomia universitária, não cabendo ao ministério esse tipo de decisão.

Marcelo de Moraes: “Debaixo de uma saraivada de críticas, o MEC desistiu da volta de aulas presenciais nas universidades federais em janeiro. Mas a ação mostra que a ala ideológica bolsonarista segue tentando emplacar sua agenda. O retorno às aulas presenciais faz parte de uma espécie de pauta que tenta minimizar o impacto da pandemia. Se dependesse de Bolsonaro e seus aliados mais radicais, não haveria restrições para as aulas.” (BRPolítico)

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