Enquanto Chile e Equador se adiantam, tornando-se os primeiros países da América do Sul a autorizar o uso de uma vacina contra a covid-19, o Brasil patina na consolidação de um plano nacional de imunização. Foram semanas marcadas pela falta de transparência, guerra ideológica e divulgação de informações difusas para que, nesta quarta, o Governo apresentasse oficialmente o plano de vacinação da população. Um Brasil atormentado pelas mais de 183.000 mortes causadas pela covid-19 teve de ouvir, contudo, um questionamento quase ofensivo de seu ministro da Saúde: "Para que esta ansiedade, esta angústia?". O plano nacional de vacinação apresentado pelo Governo deixa em aberto uma série de questões, como a data de início da imunização, que depende da aprovação da vacina pela Anvisa, e a logística da distribuição do imunizante pelo país, como conta a repórter Beatriz Jucá. Com isso, o presidente Jair Bolsonaro, que também participou da cerimônia de apresentação, começa a ensaiar a mudança de tom em seu discurso. “Se algum de nós exagerou, foi no afã de buscar solução”, afirmou, em menção à guerra política travada em torno da vacinação. Ainda nesta edição, o novo capítulo da migração na América Latina, escrito pelo descendentes de venezuelanos que nasceram no Brasil. Carla Jiménez conversou com famílias em Pacaraima, Boa Vista e São Paulo e fala sobre o vínculo dos imigrantes com o país, estreitado após seus filhos carregarem a nacionalidade brasileira. “Me sinto aliviada de sair da Venezuela. Sinceramente, vejo minha vida aqui”, constata Saray, que vive em Osasco com sua família.
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