quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Ministério quer para si toda a CoronaVac do Butantan

 

Está na mesa do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, um contrato que pode no limite impedir o governador paulista João Doria de fazer sua própria campanha de vacinação assim como impedi-lo de vender o imunizante para os outros estados. Isto exigirá, porém, uma drástica mudança de rumo do governo federal. Após reunião com o ministro, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse à jornalista Bela Megale que a União vai assinar ainda nesta semana a compra de 45 milhões de doses da CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan — que é ligado à Secretaria de Saúde de São Paulo. Parte da exigência do ministério seria de que toda a produção seja destinada ao programa nacional de vacinação. Mas o contrato para que a aquisição pelo SUS ocorra já foi encaminhado pelo Butantan. O Ministério da Saúde ainda não deu resposta. (Globo)

Painel: “Embora o Ministério da Saúde diga que toda a produção do Butantan ‘sem exceção’ será adquirida pelo governo federal, o instituto segue com planos de exportar parte das vacinas, e acredita que poderá manejar como quiser o que exceder o número de 46 milhões de doses para o SUS. O órgão negocia vender 10 milhões para a Argentina, por exemplo. ‘A negociação [com o país vizinho] é com vacinas adicionais à de um possível acordo com o ministério’, diz Dimas Covas, diretor do Butantan.” (Folha)

Então... Na ponta do lápis, o ministério só pode contar com a CoronaVac. Das outras vacinas, não tem qualquer informação sobre quantas doses o Brasil poderá contar e quando. (Poder 360)

Os governadores se encontraram com Pazuello na cerimônia em que o ministro e o presidente Jair Bolsonaro lançaram o Plano Nacional de Vacinação. No evento, Bolsonaro baixou o tom, dizendo que o momento era de “entendimento e de paz”. Chegou quase a fazer um mea culpa, dizendo que “se algum de nós exagerou, foi afã de buscar soluções”. (Globo)

Marcelo de Moraes: “Com a pressão pela vacinação contra o coronavírus cada vez maior, Jair Bolsonaro adotou um tom mais comedido e conciliador para tratar do assunto. Trata-se de pura estratégia. Os 968 óbitos nesta quarta serviram para Bolsonaro baixar o tom e ressuscitar o estilo paz e amor. Quem conhece o presidente dos seus tempos de parlamentar sabe que a estratégia é recorrente. Sempre que ultrapassava algum limite nos seus ataques, adotava um recuo momentâneo para preservar o mandato. Agora, repete o movimento.” (BR Político)

Se Bolsonaro mudou o tom, Pazuello provocou desconforto ao criticar a “ansiedade” e a “angústia” em relação à vacina. Falando com jornalistas, ele voltou a citar a segunda metade de fevereiro como provável data de início da vacinação. Já o governador do Piauí, Wellington Dias, disse que, segundo conversa com o ministro, a vacinação começará até o dia 21 de janeiro.

Confira aqui os detalhes do plano. Ou, ao menos, do plano como está configurado no momento.

Pois é. Os governadores saíram aliviados da cerimônia do Planalto. Mas não interromperam suas negociações paralelas de compra de vacinas, revela a Coluna do Estadão.

No STF, o ministro Ricardo Lewandowski votou a favor de medidas restritivas para obrigar a vacinação contra a Covid-19. Ele é relator de dois processos que tratam da obrigatoriedade da vacina. Em seu voto, o ministro ressaltou que é inconstitucional forçar uma pessoa a se vacinar, mas defendeu que quem decidir não se vacinar fique impedido de exercer determinadas atividades ou frequentar certos lugares, a serem definidos em lei. A votação deve ser concluída até a manhã de sexta, quando começa o recesso judiciário.

São Paulo não divulgou na quarta-feira seus números sobre a Covid-19, e ainda assim o país atingiu 968 mortes, o maior número desde 15 de setembro, quando morreram 1.090 pessoas. A média móvel de óbitos em sete dias, 684, é a maior desde 1º de outubro, mantendo a tendência de alta. Ao que tudo indica, hoje o país ultrapassará 184 mil vítimas fatais.

A Pfizer, cuja vacina já está sendo usada nos EUA, no Reino Unido e no Canadá, protocolou junto à Anvisa os resultados da fase 3 de testes do seu imunizante, etapa fundamental para a liberação emergencial. O Brasil quer comprar 70 milhões de doses desta vacina.

Depois de o Rio cancelar todas as comemorações de Réveillon, a prefeitura de São Paulo suspendeu a tradicional queima de fogos na Avenida Paulista. Não foi só. A pequena mas tradicional cidade litorânea de Búzios, que concentra parte do agito de veraneio no estado do Rio, fechou as portas por ordem judicial. Ninguém mais pode entrar na cidade por conta do aumento do número de casos, informa a jornalista Berenice Seara.

Meio em Vídeo: Durante boa parte da pandemia, Jair Bolsonaro e Donald Trump estiveram na mesma página. Quarentena atrapalha a economia, cloroquina cura e tudo o mais. Seguiam a mesma lógica. O tempo passou e Trump continuou com a lógica. Largou a cloroquina e propagandeou os tratamentos modernos contra Covid, torceu o quanto pode para a vacina sair antes de sua eleição. Bolsonaro, que acreditava com razão que precisava do fim da pandemia, agora opera contra a vacina. Não tem lógica. Trump controlava as redes sociais. Bolsonaro é levado por elas. Parece crédulo como a tia do WhatsApp. Assista.

Pressionado pelo Planalto, o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), já tem uma fórmula para nomear o bolsonarista de primeira hora Marcelo Rocha Monteiro para o cargo de procurador-geral de Justiça – responsável, entre outras coisas, pelas investigações contra Flávio Bolsonaro. A lei manda Castro nomear um integrante da lista tríplice, elaborada pela categoria numa eleição em que Monteiro ficou em quarto, mas não o obriga a escolher o primeiro, Luciano Matos. Acontece que os outros dois integrantes da lista já se comprometeram a apoiar o vencedor. Caso um dos dois seja convidado e recuse, Castro afirma que a lei lhe permite “recompor a lista tríplice” com outro nome, e o primeiro da fila é Rocha Monteiro.




A Justiça francesa condenou a penas que chegam à prisão perpétua 14 cúmplices dos três terroristas islâmicos que assassinaram 12 pessoas na redação da revista humorística Charlie Hebdo, em janeiro de 2015. Os jihadistas foram mortos pela polícia durante confronto.

Então... O presidente Emmanuel Macron foi diagnosticado positivo para Covid 19.

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