Quando a pandemia do novo coronavírus começou a se espalhar pelo Brasil, no início do ano, a região Sul parecia ter armas privilegiadas para contê-la. Com sistemas de saúde mais fortes diante da conjuntura de desigualdade que assola o país, os sulistas viam a pandemia crescer de forma mais lenta. Agora, o país observa uma nova alta, que tem um certo protagonismo do Sul. Juntos, os três Estados que formam a região são responsáveis por um terço de todos os novos casos registrados no Brasil durante a última semana epidemiológica ―que vai de 13 a 19 de dezembro. A reportagem de Beatriz Jucá detalha a situação complicada que a região tenta combater ―com hospitais lotados, fila para UTI em alguns locais e dificuldade de contratar mais profissionais de saúde para ampliar a assistência. Esse agravamento da pandemia também levou o Estado de São Paulo, o mais populoso do Brasil, a aumentar as medidas de restrição entre o Natal e o Ano-Novo. Entre os dias 25 e 27 de dezembro e de 1º a 3 de janeiro grande parte do comércio voltará a fechar. Ficarão liberados para funcionar apenas de serviços e atividades essenciais, como farmácias, mercados e padarias. No Rio de Janeiro, enquanto a covid-19 também avança e lota hospitais, a prisão do prefeito Marcelo Crivella fecha um ano infernal para a política do Estado, que além da detenção do prefeito teve o governador sofrendo um processo de impeachment por acusações de corrupção, a exemplo dos gestores anteriores. Na Europa, onde o coronavírus também voltou a avançar com força, cientistas estudam a virulência da ‘mutação britânica’ do Sars-Cov-2 e dão como certo que o vírus já se espalhou. “Provavelmente esta nova versão já está em muitos outros países da Europa”, diz Ravindra Gupta, pesquisador da Universidade de Cambridge e membro do consórcio nacional de coronavírus do Reino Unido. Agora, os pesquisadores buscam entender se as mudanças genéticas da nova cepa do coronavírus aumentam sua capacidade de infectar e causar a covid-19. | |||||
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