O apoio à abertura de um processo de impeachment para destituir o presidente Jair Bolsonaro ganha força entre a população, em todas as regiões do Brasil e faixas de renda, mostra uma pesquisa Atlas divulgada no domingo. Para 53% dos entrevistados, o mandatário deve ser retirado do cargo —o apoio ao impeachment é o mais alto patamar registrado desde maio, quando alcançou 58% na série histórica medida pelo instituto. “53% é um limite ainda muito perto entre ter maioria ou não ter maioria. Se esse número chegar a 60%, aí podemos falar de uma maioria contundente que coloca pressão sobre o Congresso como foi com Dilma Rousseff”, afirma Andrei Roman, CEO do Atlas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Alguns fatores podem ajudar a explicar a queda na popularidade de Jair Bolsonaro. Um deles é o impacto das notícias de Manaus, cuja segunda onda deixou sem oxigênio os hospitais. Reportagem de Naiara Galarraga Gortázar e Steffanie Schmidt mostra o drama que vivem as famílias manauaras. "Os que podem se lançaram na corrida para conseguir oxigênio por sua conta, aflorando um novo mercado na capital amazônica. Benedito superou o primeiro desafio ―conseguir o cilindro― graças a uma vizinha. Diariamente vai em busca de fornecimento para sua mãe na Carboxi, uma empresa familiar de gases industriais que começou a atender angustiados particulares que bateram na porta. Os 400 reais da recarga mínima significam uma dinheirama." Desde a a eclosão da crise na capital do Amazonas, Bolsonaro e Pazuello estão ainda mais sob pressão para que sejam responsabilizados por seus atos na gestão da pandemia. Neste sábado, o procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu pedir a abertura de um inquérito para apurar a conduta de Pazuello na crise. O ministro viajou para o Amazonas “sem passagem de volta”, anunciou o Ministério da Saúde. Reportagem de Felipe Betim traça uma cronologia de atos que põem agora o ministro da Saúde de Bolsonaro em xeque. | ||||||||||
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