A abstenção no Enem 2020, que já havia sido recorde com 51,5% na primeira prova, subiu para 55% na segunda, realizada ontem. O presidente do Inep, Alexandre Lopes, admitiu que o número ficou acima das expectativas. Já o ministro da Educação, Milton Ribeiro, minimizou. Segundo ele, pelo menos 500 mil ausentes eram “treineiros”, alunos do primeiro e do segundo ano do ensino médio que fazem a prova apenas como treinamento.
Carros elétricos, torre Eiffel, poluição, Harry Potter etc. Teve de tudo no segundo dia de provas. Quer dizer, quase tudo. Mais uma vez a pandemia de Covid-19 ficou de fora das questões, normalmente alinhada com os assuntos atuais – e olhe que uma das provas era de Biologia. Para especialistas, o exame foi mais fácil que nos anos anteriores. (Globo)
Antônio Gois: “A abstenção recorde da atual edição do Enem foi apenas mais um sinal de um problema que já existia antes da pandemia, mas que foi agravado por ela: a desmotivação dos jovens em concluir o ensino médio ou, no caso específico, tentar uma vaga no ensino superior. Muitos podem ter deixado de fazer a prova por medo de contaminação por Covid-19, mas uma parcela significativa pode também ter desistido, mesmo estando escrito, por não se sentir preparado. Será urgente, portanto, insistir para que esses estudantes tenham novas oportunidades de ingresso no ensino superior ou que, no caso daqueles que abandonaram os estudos, voltem a estudar.” (Globo)
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