Todos os dados dos brasileiros estão à venda na internet, resultado de um megavazamento de dados pessoais de 223 milhões de pessoas. Um dos maiores hackeamentos da história, o caso é a prova de fogo da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, criada em agosto do ano passado na esteira da nova lei de dados brasileira, analisa Aiuri Rebello. “É assustador, porque com isso qualquer golpista que comprar os dados pode fazer coisas inimagináveis em nome de outras como contrair dívidas, invadir contas bancárias, abrir empresas, o estrago possível é muito grande”, diz Marco DeMello, CEO da PSafe, empresa de segurança digital que tornou público o ocorrido. O mais dramático é que há pouco a fazer para se proteger. A recomendação é monitorar de perto suas transações financeiras para denunciar golpes o mais rápido possível. Também nesta edição, o colunista Vladimir Safatle afirma que as Forças Armadas devem ser responsabilizadas por sua associação com o Governo Bolsonaro especialmente durante a pandemia. "A única saída é o impeachment!", diz ele, que exorta a quem tem plano de saúde a fazer protestos de rua pela saída do presidente. "Só a certeza da existência dessa força popular fará as Forças Armadas ocuparem seu único e verdadeiro lugar: esse caracterizado pelo afastamento da vida política nacional, o silêncio em relação à política e o retorno aos quartéis”, escreve. Segundo pesquisa Atlas divulgada nesta terça, 6 em cada 10 brasileiros reprovam a gestão ultradireitista, na esteira da piora da covid-19 em vários locais e da tragédia de Manaus. Nos Estados Unidos, o segundo pedido de impeachment de Donald Trump chegou ao Senado, dando início também a um processo paralelo: um teste da influência do ex-presidente, agora um incômodo vizinho na Flórida, sobre o seu Partido Republicano. Enquanto o juramento dos senadores que julgarão Trump acontecia, o senador Rand Paul levantou uma objeção —impeachment é destinado a alguém que está no exercício do cargo e Trump já não é presidente: 45 dos 50 senadores republicanos seguiram Paul. A votação aponta, como escreve Yolanda Monge, para o resultado que aguarda o impeachment: não ter efeito sobre o magnata. A grande esperança democrata era punir Trump tornando-o inelegível. | |||||
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