Duas semanas após dezenas de pessoas morrerem sufocadas pela falta de oxigênio em hospitais de Manaus, o ministro da Saúde brasileiro, general Eduardo Pazuello, agora alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura sua suposta omissão na crise, mudou de discurso. Instalado na capital do Amazonas desde quarta-feira, ele fez um sombrio prognóstico para a situação sanitária: advertiu sobre a urgência da transferência dos pacientes para outros Estados e alertou que, caso isso não ocorra, é esperada uma média de 100 mortes diárias na cidade. “As UTI’s não se criam de um dia para o outro”, justificou o ministro, que tem sido cobrado por não ter se antecipado ao colapso, que já afeta Rondônia. "Esta história de querer fazer de Pazuello um bode expiatório leva a pensar se os militares não se sentirão humilhados ao ver um general da ativa investigado por crimes contra a vida", escreve o colunista Juan Arias. Em paralelo ao colapso da saúde pública, que ultrapassa as fronteiras do Amazonas e já se espraia pela região Norte, a campanha de vacinação brasileira dá margem a diversos dilemas éticos. Sob o lema “farinha pouca, meu pirão primeiro”, os fura-filas da vacinação escancaram a versão 2.0 do jeitinho brasileiro e tiram a vacina do braço de quem precisa. Apesar de a atitude de quem tomou o imunizante antes do tempo ser moralmente reprovável, o pesquisador Lluis Montoliu defende a administração da segunda dose a essas pessoas, já que o ganho social ao vaciná-las é maior que seu egoísmo. Além disso, a recente sinalização do Governo federal ―de que não deverá apresentar objeções à compra de vacinas pela rede privada― também aprofunda o debate sobre a distribuição das doses no país, já que a concorrência com a rede privada pode aprofundar a desigualdade ao excluir populações mais vulneráveis do acesso à vacina pelo SUS. Neste sábado, em uma final 100% brasileira, Santos e Palmeiras disputam no Maracanã a final da Copa Libertadores. A disputa do título mais cobiçado da América atravessa o Oceano Atlântico e pode consagrar a soberania dos técnicos portugueses no Novo Continente. Breiller Pires conta que a vitória do Palmeiras pode dar a Abel Ferreira seu primeiro título como treinador e, pela segunda edição seguida, brindar um técnico português com a taça da Libertadores. | |||||||||||
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