sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Vergonhas do mesmo saco

 

Não são apenas os militares e os especialistas em segurança pública que veem com maus olhos os dois projetos no Congresso retirando poder dos governadores sobre as polícias civil e militar. Para o ex-ministro do STF Celso de Mello, a ideia representa um “retrocesso inaceitável”. Foi a primeira vez que o antigo decano do Supremo se manifestou publicamente desde sua aposentadoria, em outubro. Os atuais membros da Corte também veem com apreensão as propostas, que, segundo eles, deixariam os governadores reféns das polícias. (Estadão)




Nos filmes de espionagem, obter uma lista de agentes de inteligência é o sonho de todo vilão. No Brasil, bastava consultar o site do Sindicato dos Servidores Públicos do Distrito Federal. Uma falha no sistema tornou pública uma lista de filiados, incluindo 198 funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), cujo sigilo de dados é garantido por lei. A lista já foi retirada do ar.




Meio em vídeo. A disputa pelo comando da Câmara dos Deputados continua. No dia 1º de fevereiro, alguém será escolhido para ocupar a cadeira do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas quem será seu substituto? Na semana passada, conhecemos o deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato do centrão e de Jair Bolsonaro. No #MeioExplica desta semana, você confere detalhes sobre a carreira do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por Maia e por boa parte da oposição. Assista no Youtube.




Democratas e republicanos estão em negociações, no Senado dos EUA, para definir como cuidarão do julgamento do quase ex-presidente Donald Trump. O problema é tempo. O Senado é também o órgão que aprova os nomes de ministros e as primeiras decisões do novo presidente, no momento em que Joe Biden tomar posse, no dia 20. É quarta-feira que vem. Biden precisa ter a equipe completa, ao menos nos cargos chaves, para encarar as três crises simultâneas — Covid, econômica e, claro, de segurança interna. A Câmara escolhe em que momento apresenta ao Senado o processo que abriu contra Trump. Possivelmente vai segura-lo talvez até segunda-feira, dia 25. (New York Times)

O primeiro projeto de Biden que exigirá atenção do Congresso é um pacote emergencial para injetar US$ 1,9 trilhão na economia. Na conta estão gastos de combate à epidemia, incluindo com ampliação de testagem, mas pelo menos metade será voltada para programas de auxílio dedicados às famílias mais necessitadas. O novo presidente quer também reabrir as escolas do país no mesmo ritmo em que incrementa agressivamente a vacinação. (Washington Post)

Enquanto encara este debate — muitos republicanos consideram a conta alta —, precisam lidar com um partido dividido. Os senadores do partido, veteranos formados nos anos de Ronald Reagan e dos dois Bush, em grande parte querem se livrar de Donald Trump e condená-lo por impeachment para depois garantir sua inelegibilidade é um caminho que estudam tomar. Mas os eleitores mais fiéis e dedicados, na base do partido, romperam não só com os valores tradicionais ligados a conservadorismo religioso e economia de mercado. Romperam também com a realidade, informando-se por uma imprensa sem compromisso factual, e há o sério risco de que se voltem também contra os parlamentares. O trumpismo está morrendo entre políticos, mas segue vivo entre militantes. (New York Times)

Pois é... Dentre as muitas falhas de segurança no dia do ataque ao Capitólio, uma das mais flagrantes foi do FBI. Conforme a lista dos invasores é consolidada, algo salta aos olhos dos analistas. É raro que tantos homens já previamente listados pelo próprio FBI como supremacistas brancos perigosos se reunam num só ambiente e ao mesmo tempo. Em condições normais, este agrupamento de pessoas deveria ter previamente ligado o alerta. Já são considerados de alto risco. Mas nada aconteceu. (Washington Post)

E... O vídeo do policial do Capitólio que sozinho lida com uma turba enquanto sobe escadas é mais do que parece. Naquele momento ele distraia inúmeros invasores e os levava para longe de onde se escondiam os senadores. Vale assistir de novo por sua habilidade. (Washington Post)




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