Com intenção, plano e ação sistemática. Assim foi executada a estratégia institucional do Governo Bolsonaro para "propagar o coronavírus no país". São essas as constatações da Faculdade de Saúde Pública da USP e da Conectas Direitos Humanos que, em um esforço conjunto, analisaram 3.049 normas federais produzidas durante a pandemia, mostra reportagem exclusiva de Eliane Brum. Em uma linha do tempo, o relatório reconstrói as principais falas e atos do mandatário brasileiro, que consistiram em uma reiterada e sistemática violação dos direitos à vida e à saúde do cidadão, dizem os pesquisadores. O documento surge num momento de pressão sobre o Planalto, cobrado pela crise de Manaus e às voltas com novos pedidos de impeachment. Na corrida pelas vacinas, a dificuldade federal em trazer insumos leva alguns Estados a buscarem novos fornecedores para as vacinas. A repórter Beatriz Jucá explica que produção nacional do imunizante —que era uma vantagem brasileira em meio à corrida global para a compra de vacinas— sofre atrasos em seu cronograma de entrega devido aos atrasos na importação de matéria-prima necessária para a fabricação das doses. Ceará, Rio Grande do Sul e Bahia são alguns dos que se mobilizam iniciando tratativas com laboratórios. Já Manuel Ansende conta que a variante do coronavírus identificada em Manaus apresenta uma combinação singular de mutações, cujo efeito sinérgico pode agravar a pandemia. "É muito raro que uma única mutação mude o rumo de um vírus, mas há precedentes. Uma só mudança no vírus do chikungunya o tornou capaz de se instalar em uma nova espécie de mosquito, aumentando assim seu potencial epidêmico”, pontua. Uma montanha de minérios, um ditador doente e suas esposas, supostas propinas, contas secretas na Suíça, a gigante brasileira Vale e o ex-ministro de Sergio Moro fazem parte do enredo do julgamento do bilionário israelense Benjamin Steinmetz, que pode ser decidido nesta sexta em Genebra. Steinmetz é acusado de subornar a mulher do então ditador para ter acesso a uma das maiores minas de ferro do mundo. Como escreve Jamil Chade, trata-se de um retrato da história da pilhagem da África no século XXI, enquanto a população da Guiné segue mergulhada em extrema pobreza. | |||||
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