quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Câmara vota hoje 2º impeachment de Trump

 


A Câmara dos Deputados americana põe hoje para votar o segundo impeachment do presidente Donald Trump. Desta vez, o processo é bem mais simples — e muito mais grave. Trump é acusado de incitar uma insurreição contra o governo do país. Pelo menos quatro deputados republicanos já informaram que votarão pelo impeachment — no primeiro, nenhum votou. Este número pode chegar a vinte. Aprovado na Câmara, como todo mundo espera que será, o processo vai para o Senado que pode escolher julgar Trump já como ex-presidente. Uma condenação abre as portas para torna-lo inelegível, o que o impediria de retornar como candidato em 2024. Mas é possível que o julgamento só ocorra em alguns meses, após o Senado se ocupar das decisões iniciais, e consideradas urgentes pelos democratas, do governo Joe Biden. (Vox)

Então... Mitch McConnell, o líder republicano no Senado, vem dizendo a auxiliares que se inclina a votar pela condenação de Trump. Em se confirmando, isto pode sacramentar o veredito. (Axios)

O FBI anunciou ontem que já tinha fortes indícios de atos de violência planejados contra o Capitólio na véspera do ataque. Internamente, a Polícia do Capitólio abriu uma investigação para apurar se houve participação de alguns de seus oficiais na quebra de segurança. Não só muitos dos invasores identificados foram listados como terroristas internos como serão processados por sedição — é o mesmo crime do qual foram acusados os sulistas na Guerra Civil. Enquanto isso, de tropas da Guarda Nacional ao Serviço Secreto, toda a atenção está voltada para a posse de Biden, que contará com segurança máxima. (Washington Post)

Aliás... Após tomar a segunda dose da vacina para Covid, jornalistas perguntaram a Biden se ele estava preocupado com a posse. Afirmou que não, e que juraria a Constituição do lado de fora do Capitólio, como tem sido a praxe secular. Assista.




A vinte dias do pleito, o MDB finalmente escolheu um nome para concorrer à presidência do Senado. É Simone Tebet (MS), escolhida por unanimidade no início da tarde de ontem. Caso seja eleita, será a primeira mulher a comandar a Casa. Ela começou a campanha defendendo uma nova rodada do auxílio emergencial.

A decisão o MDB, porém, pode ter vindo tarde demais. Rodrigo Pacheco (DEM-MG) conseguiu o apoio do PL e do PP, o que o levaria a 38 votos, apenas três a menos que os 41 necessários para vencer no primeiro turno. Apoiado pelo atual presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) e, mais discretamente pelo governo Bolsonaro, Pacheco conseguiu atrair até mesmo os senadores do PT.

Na Câmara, as bancadas do boi, da Bíblia e da bala, pilares do governo Bolsonaro, estão divididas. O Planalto cobrou dos ruralistas apoio a Arthur Lira (PP-AL), mas os parlamentares alegam que a negociação nesse caso é entre os partidos, não entre as bancadas temáticas. (Globo)




Após Donald Trump ser suspenso temporariamente no Facebook e no Instagram e banido de vez do Twitter, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a criação de um canal oficial no Telegram. Criado na Rússia, mas hoje sediado no Emirados Árabes Unidos, o aplicativo se tornou um porto seguro para a extrema-direita após o cerco imposto pelas Big Techs na esteira da invasão do Capitólio por apoiadores de Donald Trump.

Painel: “A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) informou funcionários que vai migrar os grupos de trabalho do WhatsApp para o Signal. O aplicativo concorrente tem sido divulgado principalmente pelos políticos de direita e aliados de Trump, que acusam as bigtechs de censura. No comunicado interno, a direção da agência, comandada pelo almirante Sergio Segovia, atribui a troca à nova política de privacidade do WhatsApp.” (Folha)

Aliás... O Telegram alcançou 500 milhões de usuários e o Signal se tornou o app de mensagens mais baixado no Google Play Store após as mudanças nas regras de privacidade do WhatsApp.




Integrantes do alto escalão das Forças Armadas estão criticando duramente os projetos no Congresso que tiram poder dos governadores sobre as polícias civil e militar. Eles são contra, por exemplo, a criação de uma patente de “general da PM”, o estabelecimento de um mandato para os comandantes e as dificuldades para retirá-los dos cargos. (Estadão)




Morreu nesta quarta-feira, aos 71 anos, Maguito Vilela (MDB), prefeito licenciado de Goiânia. Ele estava internado havia 80 dias em São Paulo lutando contra a Covid-19 e disputou o segundo turno das eleições de 2020 em coma induzido.




A ONG Repórter Brasil denunciou ontem uma série de ataques virtuais e uma tentativa de invasão de sua sede. Os criminosos exigem que sejam retiradas do ar as reportagens feitas entre 2003 e 2005. Repórter Brasil é um grupo de jornalistas, cientistas sociais e educadores que atuam desde 2001 com foco em reportagens sobre direitos humanos, incluindo denúncias de trabalho escravo.

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