Com os 1.266 mortos pela Covid-19 nesta quarta-feira, o Brasil está no limiar de ultrapassar os 200 mil óbitos pela pandemia. Já são 199.043 vítimas fatais, segundo dados apurados por um consórcio de veículos de comunicação juntos aos estados. O total de ontem foi o maior desde 18 de agosto. Foram registradas ainda 62.532 novas infecções, elevando o total a 7.874.539. Em setembro, o então já ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta revelou que, nas avaliações mais pessimistas, o governo previa até 180 mil mortos no país.
E a situação não é grave só aqui. Os Estados Unidos ultrapassaram a marca de 21 milhões de casos de Covid-19, mais que a soma de Índia, Brasil e Rússia, os seguintes no “ranking”. Cerca de 130 mil pessoas estão internadas neste momento em todo o país, com os sistemas de saúde, em particular na Califórnia, entrando em colapso. Segundo médicos, esse pode ser apenas o início de uma onda provocada pelas viagens e reuniões das festas de fim de ano. (CNN)
O governo de São Paulo divulgou nesta quarta-feira seu plano de vacinação contra a Covid-19, e os números são ambiciosos. A imunização deve começar no próximo dia 25, aniversário da cidade, com postos funcionando das 7h às 22h em dias úteis e das 7h às 17h nos fins de semana e feriados. Até agora, o estado recebeu o equivalente a 10,8 milhões de doses da CoronaVac, parte produzida na China e parte em insumos para envasamento pelo Instituto Butantan. Embora sejam necessárias duas doses, há a ideia de retardar a aplicação da segunda, aumentando o número de pessoas imunizadas.
Ao todo, o estado terá três mil postos de vacinação, inclusive em shopping centers, terminais rodoviários e estações do metrô. Se tudo der certo, o governo estima vacinar nove milhões de pessoas até o fim de março. (Folha)
Representantes do Instituto Butantan se reuniram com técnicos da Anvisa nesta quarta-feira para fornecer informações sobre a CoronaVac. A expectativa é que o governo paulista anuncie hoje a eficácia do imunizante e que o pedido de liberação para uso emergencial seja feito até o fim da semana.
Após o anúncio de São Paulo, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi à TV dizer que a vacinação nacional começará "ainda este mês", mas sem dar uma data. Disse ainda que os estados receberão vacinas simultaneamente e em quantidades proporcionais à população. O Planalto baixou ainda MP que permite a compra de vacinas e insumos sem licitação, mesmo aquelas sem aprovação da Anvisa.
E passada a guerra das vacinas, temos a guerra das seringas. Após o fracasso no pregão para compra desses insumos e das restrições às exportações, o governo federal suspendeu a compra, com o presidente Jair Bolsonaro acusando os fabricantes de elevarem os preços. O setor nega. Ao mesmo tempo, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou a tarifa, anteriormente em 16%, para importação de agulhas e seringas. E, por fim, o Ministério da Saúde requisitou esses insumos já comprados por estados, municípios e até clientes privados. Levantamento estima que os estados têm ao menos 116 milhões de seringas e agulhas em estoque.
Enquanto isso, a União Europeia aprovou a vacina da Moderna, que já está em uso nos EUA.
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