terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Brasil atingiu nesta segunda-feira 203.617 óbitos e 8.133.833 casos de Covid-19, com 477 mortes e 29.153 novas infecções.

 A exemplo do que já vinha sendo estudado em São Paulo com a CoronaVac, o Ministério da Saúde avalia começar a imunização com apenas uma dose da vacina de Oxford, que aguarda liberação da Anvisa. A Fiocruz, parceira na produção do imunizante no Brasil, recomenda duas doses com intervalo de três meses. Segundo o ministro Eduardo Pazuello, o objetivo da estratégia seria vacinar um número maior de pessoas para reduzir o avanço da pandemia. Num segundo momento, outra dose traria a imunização completa.

A ideia apresentada por Pazuello não é uma novidade, embora divida opiniões. O Reino Unido, primeiro país do mundo a fazer uma campanha de vacinação contra a Covid-19, aumentou o intervalo entre as doses para imunizar o maior número possível de pessoas em grupos de risco.

Com uma dose ou duas, a bola está com a Anvisa, que recebeu os pedidos de liberação emergencial da vacina de Oxford (Fiocruz) e da CoronaVac (Instituto Butantan). A primeira está tramitando normalmente, mas a agência pediu mais informações à instituição paulista. Segundo Pazuello, a Anvisa está “tendo dificuldades” com os documentos da CoronaVac. Quase 50% dos dados requerem complementação, diz ele. Pazuello disse ainda que estados e municípios devem começar a receber doses em até quatro dias após a liberação pela Anvisa.

O governo de São Paulo promete divulgar hoje a eficácia global da CoronaVac. A informação já estaria com a Anvisa. Na semana passada, o Instituto Butantan disse que o imunizante é 78% eficaz em casos leves e 100% nos mais graves. Mas a Indonésia, que aprovou o uso da CoronaVac, disse que a eficácia global é de 65,3%. Os dados ainda não teriam sido divulgados no Brasil devido a um acordo comercial com a chinesa SinoVac, que desenvolveu o imunizante.

Independentemente de qual a vacina a ser aplicada, questionar a importância da imunização é “voltar ao obscurantismo, uma profunda ignorância”, avalia Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. Em entrevista, ele afirma que “estamos voltando ao século XIV” e lembra que, sem vacinas, a expectativa de vida do ser humano não passaria dos 50 anos.

O Brasil atingiu nesta segunda-feira 203.617 óbitos e 8.133.833 casos de Covid-19, com 477 mortes e 29.153 novas infecções. A média móvel de mortos segue acima de mil, o que indica crescimento nesse número.

Quem testou positivo para Covid-19 foi o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, de 72 anos. Franco favorito à reeleição no pleito do próximo dia 24, ele está assintomático, diz o governo.




Morreu ontem, aos 59 anos, o general da reserva Carlos Roberto Pinto de Souza, diretor do Inep, responsável pela aplicação do Enem. Fontes ligadas à família dizem que ele tinha Covid-19, mas governo omitiu a causa da morte em seu comunicado. Por conta da pandemia, entidades estudantis e o MP pedem novo adiamento da prova, marcada para o dia 17. O Inep, porém, mantém a data. (Globo)


Nenhum comentário:

Postar um comentário