terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Índia veta exportação de vacinas para o Brasil


Autorizada pela Anvisa, a iniciativa da Fiocruz de importar dois milhões de doses da vacina de Oxford sofreu um revés. O Instituto Serum, laboratório indiano responsável pela fabricação do imunizante, informou que o governo da Índia vetou a exportação do produto até que toda sua população em grupo de risco seja imunizada – o país tem 1,3 bilhão de habitantes. De acordo com Adar Poonawalla, CEO do Serum, a venda para outros países só será possível após o governo indiano receber 100 milhões de doses. (Globo)

Como a vacina de Oxford é a principal aposta do governo brasileiro, o Itamaraty entrou em campo para tentar, por vias diplomáticas, resolver o impasse comercial. A estratégia do Brasil é convencer a Índia que os dois milhões de doses são um volume pequeno perto da capacidade de produção do Serum, o que não afetaria o programa de imunização indiano.

E a Anvisa pediu à Fiocruz mais informações sobre a vacina a ser importada. A agência quer garantias de que o imunizante do Serum é, de fato, o mesmo desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo laboratório americano AstraZeneca, do qual o instituto indiano é parceiro.

Empenhadas em comprar cinco milhões de doses da vacina indiana Covaxin, as clínicas particulares brasileiras não poderão administrá-las à vontade. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que mesmo as clínicas privadas precisarão seguir a ordem de prioridades do Plano Nacional de Imunização. A vacina indiana, cuja eficácia não foi divulgada, ainda precisa de aval da Anvisa.

Correndo por fora, os estados estão negociando diretamente com a Pfizer a compra de vacinas. Segundo a Coluna do Estadão, a empresa ainda aguarda uma decisão do governo federal.

O Brasil chegou a 196.591 mortos por Covid-19, com os 562 óbitos computados ontem. A média móvel dos últimos sete dias voltou a ficar acima de 700, mas indica estabilidade no número de mortes. Desde o início da pandemia foram confirmados 7.754.560 casos da doença no país.

No Reino Unido, apesar de a vacinação já ter começado, o governo decretou um lockdown mais severo a partir de hoje, incluindo o fechamento de todas as escolas de Ensino Médio e de boa parte das fundamentais por tempo indeterminado. O motivo é a disseminação de uma variante do vírus SARS-COV-2 que se espalha mais rapidamente. O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, disse que o governo também está muito preocupado com uma outra mutação, aparentemente originária da África do Sul, uma vez que não há certeza de que as vacinas em uso são eficientes contra ela.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou dois casos da mutação britânica do coronavírus. As duas pessoas tiveram contato com viajantes do Reino Unido. Embora essa variante do vírus se espalhe mais rapidamente, não há indícios de que seja mais letal ou resistente. O estado pretende pedir na quinta-feira a autorização para o uso emergencial da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan.

A despeito do número crescente de mortes e infecções e da falta de uma vacina, o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Rossieli Soares, segue em sua cruzada para a reabertura das escolas. Ele quer aulas presenciais obrigatórias já no dia 1º de fevereiro. A decisão, porém, cabe ao Conselho Estadual de Educação.

O fechamento das escolas britânicas reflete uma realidade constatada por toda a Europa durante a segunda onda da Covid-19: o número infecções de jovens e crianças em idade escolar está crescendo num ritmo mais acelerado que na primeira fase da doença. (CNN)




O “Complexo de Israel”, grupo de comunidades do Rio dominado por traficantes ligados a igrejas neopentecostais, ganhou a adesão de milicianos, grupos formados a partir da década de 1970 supostamente para combater o tráfico nas favelas. A informação foi obtida pela polícia carioca durante a investigação de um duplo homicídio da favela do Quitungo, na Zona Norte. Dominada pela milícia, ela agora faz parte da organização criminosa-religiosa. Em seus territórios, diz a reportagem, os traficantes evangélicos perseguem e expulsam praticantes de religiões de matriz africana. (Extra)




As mudanças climáticas continuam nos trazendo surpresas. Cientistas russos encontraram a carcaça de um rinoceronte lanudo que teria vivido há 12 mil anos na Sibéria. Preservados pelo gelo até então permanente, os restos do animal surpreendem pela integridade. Órgãos internos e mesmo partes que normalmente se decompõem rapidamente, como o chifre e a lã, estavam quase perfeitamente conservados. Mas a descoberta é também um sinal de alerta. Não são poucos os cientistas que temem o (res)surgimento de doenças — para as quais o ser humano não tem defesas — que venham de vírus e bactérias em organismos até agora congelados.




 

Nenhum comentário:

Postar um comentário