A Bolívia aguarda a confirmação oficial da vitória de Luis Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS), partido do ex-mandatário Evo Morales. De acordo com as pesquisas de boca de urna divulgadas na madrugada desta segunda-feira, Arce deve ser o novo presidente do país, após obter cerca de 53% dos votos, o mesmo que Evo Morales conseguiu em 2005, quando foi eleito pela primeira vez. Os resultados ainda devem levar horas para serem oficializados. Mas imediatamente depois do anúncio dessas sondagens a presidenta interina Jeanine Áñez reconheceu a vitória do candidato de oposição em um tuíte. A vitória de Luis Arce, se confirmada, causa um terremoto na política boliviana e supera as expectativas do próprio MAS, que saiu do poder de maneira violenta um ano atrás, num episódio que obrigou o ex-presidente a se exilar, iniciou uma crise e deu lugar a um governo interino que fez da luta contra o MAS sua principal ocupação e objetivo. No Chile, um ano depois da explosão dos protestos o país volta a assistir a manifestações enquanto se encaminha, no próximo, domingo, para o processo eleitoral mais importante das últimas três décadas, o plebiscito que definirá o destino da Constituição vigente, de 1980. De Santiago, Rocío Montes conta a noite de igrejas queimadas e saques na capital chilena. Da Itália, Daniel Verdú conta a história de "influencer de Deus". Carlo Acutis, que morreu aos 15 anos e foi beatificado com seus tênis Nike e calças jeans, pode se tornar o primeiro santo millenial. Uma criança brasileira recebeu milagre atribuído a ele. E do Brasil, Naiara Galarraga Gortázar narra a luta judicial que o escritor João Paulo Cuenca enfrenta desde que publicou em seu Twitter, em junho, que "o brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal”. A publicação desencadeou uma uma ampla ofensiva judicial contra o romancista brasileiro. Primeiro eram dez, depois dezenas e, na quinta-feira passada, as denúncias já chegavam a 111. “A ideia [dos demandantes] é criar um caso indefensável, um caso que me deixe louco porque não tenho capacidade econômica ou logística de me defender em todas essas pequenas cidades.” | |||||
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