segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Chile vota pelo fim da Constituição de Pinochet

 


Os chilenos foram às urnas, ontem, enterrar o último vestígio da ditadura militar que dominou o país entre 1973 e 1990. Com 90% das urnas apuradas, 78% dos eleitores defenderam substituir a Constituição vigente, impetrada ainda com o general Augusto Pinochet no governo. E 79% declararam preferir que seja formada uma Assembleia Constituinte exclusiva, composta por 155 pessoas que serão eleitas em abril próximo, para redigir o novo texto. O plebiscito foi convocado em resposta aos protestos que tomaram as ruas do país, no ano passado. “Hoje, os cidadãos, a democracia e a paz venceram a violência”, afirmou à noite o presidente Sebastián Piñera. O país não se dividiu, no debate a respeito de uma nova Constituição, entre direita e esquerda, entre oposição e situação. O corte parece ter sido mais geracional. Quase 60% dos que se manifestaram ontem não tinham idade para votar no referendo de 1988, que definiu o fim do regime Pinochet. Os eleitores mais jovens, que vinham se abstendo nos últimos pleitos, foram em massa às urnas neste domingo. (El País)




O governo federal determinou, na sexta-feira, o retorno imediato dos brigadistas para o combate aos incêndios no Pantanal e na Amazônia. Eles haviam sido retirados por ordens do comando do Ibama, que alegava não ter dinheiro para pagá-los. (Folha)

A retirada pôs em choque o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. A decisão de Salles foi considerada um ataque contra a ala militar do governo e, quando registrada pela coluna de Bela Megale, levou o ministro do Meio Ambiente a acusar o general Ramos via Twitter de Maria Fofoca. (Globo)

Se Salles angariou apoios na Esplanada dos Ministérios, durante o fim de semana, Ramos recebeu a solidariedade pública dos presidentes de Câmara e Senado, assim como de parlamentares do Centrão. “O ministro Salles”, escreveu Rodrigo Maia, “não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo.” (Twitter)

“Conversei com o ministro Luiz Ramos, apresentei minhas desculpas pelo excesso”, pôs Salles no Twitter, ontem no final do dia. “Estamos juntos no governo, pelo presidente Bolsonaro e pelo Brasil.” (Twitter)

Pois é... Mas, segundo Bela Megale, foi o general quem saiu mais arranhado. Salles não foi repreendido por Bolsonaro quando partiu para o ataque. Recebeu o apoio de outros ministros. E, publicamente, do filho Zero Três — Eduardo. Dentro do Executivo, só o vice-presidente Hamilton Mourão ficou do lado de Ramos. (Globo)




A candidatura de Filipe Sabará à prefeitura de São Paulo deve ser extinta. Expulso do Partido Novo por ter apresentado um currículo fraudado, Sabará ainda concorria pela legenda com uma liminar do TRE. Mas sua candidata a vice, Marina Helena, renunciou e não será substituída pelo partido o que deve inviabilizar o restante da campanha. (Estadão)

Então... O Novo vive uma pesada disputa interna entre o grupo de seu fundador, João Amoêdo, e os bolsonaristas. Um movimento propõe lançar o governador mineiro Romeu Zema à presidência para fazer frente a Amoêdo. As eleições municipais são consideradas definidoras do perfil que a legenda tomará no futuro. O conjunto que sair mais forte deve dominá-la. (Globo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário