As eleições americanas empurram o presidente Jair Bolsonaro para um dilema na condução de sua política externa. O que acontece com o Planalto de alinhamento automático com a Casa Branca se Donald Trump perder? O repórter Felipe Betim analisa os cenários. Se Joe Biden vencer, um desfecho que as pesquisas deste momento apontam como possível, Bolsonaro terá que optar entre o pragmatismo ou a radicalização. A vitória de Trump também não pode ser considerada como uma garantia para o mandatário brasileiro, que ao longo de seu Governo levou o país a um inédito isolamento na comunidade internacional. “A reputação dos países segue a lógica da reputação das pessoas. Leva décadas pra construir, e um instante para destruir.O tema ambiental ganhou muita importância e o Brasil mudou uma agenda de mais de 30 anos no pior momento possível", afirma o analista Matias Spektor. Também nesta edição, as colunistas Debora Diniz e Giselle Carino analisam a performance de Trump e Bolsonaro diante da covid-19, o que chamam de masculinidade tóxica a serviço do espetáculo na política. Em Brasília, Celso de Mello se despediu do Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira. Em sua última sessão, o ministro enviou recados ao Planalto e ao próprio tribunal. Ele voltou a defender que Bolsonaro deve prestar depoimento presencialmente no caso que investiga se ele agiu para interferir na Polícia Federal. O decano cobrou que o presidente seja tratado como um "igual perante o Estado”, conta o repórter Afonso Benites. Na corte desde 1989, Celso de Mello citou até A revolução dos bichos, de George Orwell, para dizer que não é possível tratar os cidadãos de maneiras distintas. O ministro será sucedido pelo juiz federal Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro para a vaga. Nem Greta Thunberg nem Cacique Raoni. O Nobel da Paz de 2020 foi para uma entidade: o Programa Mundial de Alimentos da ONU. O prêmio destacou o trabalho do órgão no combate à fome e afirmou que “a necessidade de solidariedade internacional e cooperação multilateral é mais evidente do que nunca”. Já a Nobel de Literatura é Louise Glück. A poeta norte-americana é considerada um dos maiores talentos de sua geração, com uma “inconfundível voz poética, que, com uma beleza austera, torna universal a existência individual”, como descreveu a Academia Sueca. Seus temas são a infância e a vida familiar, através dos quais Glück busca o universal. Glück é a 16ª mulher a ganhar o prêmio, que teve início em 1901. Se você tem menos de 120 anos, confira a lista dos ganhadores para descobrir sob qual influência literária você cresceu.
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