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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o EL PAÍS na manhã desta quarta-feira. Em uma entrevista descontraída, o petista falou do cenário político nacional e internacional, da pandemia, da sua prisão e de planos para o futuro, como o de se casar. Lula afirmou que Bolsonaro recuperou a extrema direita do ralo da política e deu cidadania a ela. Questionado pelas jornalistas Carla Jiménez e Flávia Marreiro sobre sua prisão entre 2018 e 2019, Lula garantiu não ter ressentimentos. "Não tenho mágoa, tenho é sede de justiça. O que eu quero é que a Justiça que eu acredito que é para todos diga que eu sou inocente e que o Bolsonaro é um lacaio. E que Deltan Dallagnol era um formador de quadrilha, tentando roubar dinheiro da Petrobras”, declarou o ex-presidente. Em Brasília, o Supremo Tribunal Federal decidiu devolver ao plenário da Corte todos os inquéritos e ações penais que envolvam autoridades com a prerrogativa de foro privilegiado. A alteração, que teve apoio unânime dos ministros, é vista como uma pequena vitória da Operação Lava Jato. Como explica o repórter Afonso Benites, a decisão também é uma espécie de blindagem da Corte à influência de Bolsonaro. O presidente, que já indicou o desembargador Kassio Nunes Marques, poderá indicar outro ministro para o STF até o final de seu mandato. Para ler com calma a entrevista com a jornalista Cristina De Stefano, que passou cinco anos investigando a vida de Maria Montessori e sua influência na pedagogia e na educação atual. O resultado é uma biografia que conta a história de vida de uma visionária, dona de um caráter profundamente contraditório e cheio de luz e sombras, que sonhou em transformar o homem desde criança e, com isso, mudar o mundo. “Queria descobrir se Maria Montessori era uma louca, como alguns dizem, ou uma esperta mulher de negócios, como dizem outros, uma grande alma, como repetem seus seguidores, ou muito mais do que isso”, diz De Stefano. | |||||
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