Fardados vão às urnas até em oposição a Bolsonaro

As eleições municipais serão um teste de fogo para os inúmeros policiais, militares, bombeiros e guardas-civis, que, alinhados à pautas conservadoras, tentam se colar na imagem de Jair Bolsonaro e surfam na popularidade da bancada da bala para vencerem as disputas aos cargos de vereador e prefeito. O repórter Afonso Benites explica a alta de 20% na quantidade de candidaturas de membros das forças de segurança. Especialistas revelam as razões da proximidade de tais candidatos com o discurso da direita e seu avanço na esfera municipal, mas, desta vez, há até policiais que se apresentam como opositores do presidente na disputa. Nos Estados Unidos, o tema da segurança pública também jamais sai do debate, e um dos seus reflexos práticos é a disparada na venda de armas de fogo. Em Miami, o enviado especial Enric González visitou uma loja de armamentos e conta que os distúrbios raciais, pandemia e temor de uma explosão da violência após as eleições levaram pessoas que nunca antes haviam pensado em comprar uma arma a adquiri-las. "São tempos complicados, você sabe, defesa pessoal”, afirma um cliente. Já Pablo Ximénez de Sandoval, correspondente em Los Angeles, mostra que a crise do coronavírus está levando ao limite as frágeis costuras de um sistema de saúde, em que os doentes não são doentes, mas consumidores, e os médicos não são médicos, mas prestadores de serviços. O presidente Donald Trump, que é um crítico ferrenho do Obamacare, programa que expandiu o acesso à saúde pública no país, até o momento não apresentou um plano claro quanto ao assunto e parece mais preocupado em atacar o seu oponente, Joe Biden.

Policiais repetem 2018 e vão às urnas. Desta vez, há até oposição a Bolsonaro Na esteira de presidente e da bancada da bala, há 21% a mais de candidatos policiais nas municipais. Policiais de esquerda fazem discurso antiviolência